sábado, 30 de junho de 2012



quarta-feira, 30 de junho de 2010

Geração "N"

Bom dia, meninas!
Um texto para reflexão que recebi de uma amiga.
Autor norte-americano critica exagero dos pais em relação ao estímulo positivo dos filhos.
O resultado? Uma geração de narcisistas
Clarissa Passos, iG São Paulo 30/06/2010
Rob Asghar, ensaísta e articulista norte-americano, aponta em um artigo recente no Huffington Post o surgimento do que ele chama de "geração N", formada por jovens narcisistas. Para ele, os pais norte-americanos, atormentados pela culpa por trabalhar muito ou por optar pelo divórcio, estão criando filhos sem limite algum. Inseguros, eles temem que o filho não goste deles, cedem a qualquer pedido das crianças e celebram toda e qualquer "conquista" do filho - até uma formatura de pré-escola. O resultado é uma geração que se sente no direito de tudo, sem precisar trabalhar duro por nada. Rob cita uma pesquisa desenvolvida em conjunto pela San Diego State University e pela University of South Alabama, que concluiu que o narcisismo dos jovens norte-americanos cresceu nos últimos 15 anos - e que os Estados Unidos podem passar por problemas sociais quando estes jovens chegarem à idade adulta e assumirem cargos de poder. O estudo, que envolveu dezenas de milhares de jovens universitários, detectou traços de "auto-respeito exagerado" e de um "infundado senso de merecimento". Alguns pesquisadores chegaram a afirmar que a crise econômica mundial recente, desengatilhada por decisões de alto risco, já seja um resultado do narcisismo da geração. Para Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial, esse cenário é comum aqui no Brasil também. Os pais que temem perder o amor dos filhos representam uma inversão absoluta de papéis. "Na minha época - eu tenho 57 anos e minha filha, 32 - eram os filhos que temiam perder o amor dos pais", contrapõe. Hoje, este temor influencia até na transmissão de valores.
Oprimidos pela culpa ou afundados no próprio narcisismo, os pais temem colocar limites em seus filhos e criam crianças que serão eternamente dependentes deles. Sem parâmetros claros, as crianças crescem sem valores: não sabem respeitar os pais, pois nunca ouviram uma repreensão simples como "enquanto uma pessoa fala, a outra escuta". Se alimentam mal e só comem quando querem, pois jamais os pais foram firmes e exigiram que ela se sentasse à mesa durante uma refeição. "Limite é a ética em ação", explica Maria Irene. "Pais e mães narcísicos criam fracos", resume.
Idade da influência
O psicólogo Caio Feijó, autor de "Pais Competentes, Filhos Brilhantes" (editora Novo Século), ressalta a importância do papel de pais e mães nas expectativas e na autoimagem da criança - e alerta que esse poder é limitado pelo tempo. "Os pais só têm uma influência grande sobre os filhos até antes da puberdade, por volta dos 10 ou 11 anos. Depois disso, vem o resultado", diz. "Dependendo de como os pais conduzem essa influência, eles criarão expectativas nos filhos sobre o que eles podem ou não alcançar", continua. E o estímulo em excesso pode prejudicar tanto quanto chamar seu filho de "burro" ou de "inútil", especialmente quando este estímulo indica uma projeção - por exemplo, aquele pai que é dentista e sempre comenta que o filho "vai ser um dentista genial, igual ao papai", ou aquela mãe que sempre quis ser bailarina, mas não pôde estudar quando pequena, então matricula a filha em aulas diárias da dança, ainda que a menina não mostre o menor talento ou interesse pelas sapatilhas. "A superproteção traz consequências tão graves quanto o abandono", finaliza.
Características da "Geração N":
- Não têm noção de limite
- Acham que são merecedores de tudo
- Não sabem se esforçar para conseguir algo
- Não sabem como agir em situações adversas
- São criados por pais narcisistas, que competem entre si
- Não respeitam os outros

terça-feira, 26 de junho de 2012

A Importância do Brincar

Leitura do Desenho Infantil - Módulo I.

Importância dos brinquedos no desenvolvimento das crianças

Aprender a aprender

INTERPRETAÇAO DE DESENHO - PSICOLOGO NEI LOJA

Interpretação de Desenho-Jung

Interpretação do Desenho Infantil

Interpretação de desenhos infantis por Margarete Reis

domingo, 24 de junho de 2012

ACORDEM PAIS

HIPERATIVIDADE E PSICANÁLISE*

Autora: Flavia Bonfim
Sinônimo de agitação, desatenção, dificuldades escolares e impulsividade, a palavra “hiperatividade” já faz parte do vocabulário contemporâneo. Proveniente do saber médico, ela, com o apoio da mídia, tem habitado os mais variados discursos (de psicólogos,  psicopedagogos,  professores e,  até,  dos  pais) e é cada vez mais comum recebermos pacientes com este diagnóstico. A hiperatividade ou, para usarmos a terminologia da medicina, o Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade (TDAH), não se constitui como um diagnóstico para a psicanálise, todavia, isso não nos exclui de pensar sobre a agitação da criança. Sendo assim, proponho apontar algumas reflexões psicanalíticas a respeito do que se tem chamado de hiperatividade.
Sobre o sintoma da criança, Lacan, em suas “Notas sobre a criança”, nos diz o já conhecido aforismo “O sintoma da criança se acha no lugar de responder ao que há de sintomático na estrutura familiar.” (2003, p. 369) Para ser mais preciso, Lacan (ibid.) afirma que, o que há de sintomático na criança depende das questões que assolam o casal ou a mãe. São questões inconscientes, que tratam daquilo que eles não sabem a respeito de si próprios. Contudo, não podemos dizer que a criança é um mero receptor passivo das dificuldades do casal parental. Há uma participação da criança na formação do seu sintoma na medida em que ele surge em função do “modo como ela subjetiva o que foi transmitido e o que ela investe no sintoma, o ganho que ela retira dali, e que constituirá ‘a resistência com a qual ela se apegará à doença’ ”. (LAMY, 1998, p. 129)
Apoiando-se na formulação lacaniana sobre o sintoma da criança e procurando pensar especificamente a hiperatividade, Maryse Roy (2003) afirma que a agitação ocupa o lugar da distância que não há entre a criança e a mãe, distância, que oportunamente, pode produzir o pai. É uma distância que visa recusar as demandas maternas que lhe são feitas. Cabe aqui assinalar uma tendência atual, a saber, a dificuldades dos pais em relativizar os ditos e imperativos maternos e, consequentemente, em propiciar tal distância.
Desse modo, a hiperatividade vem responder a uma dificuldade na incidência da função paterna sobre o desejo materno, de modo que o objeto criança não seja tudo para a mãe e que o desejo da mulher/mãe possa também ser dirigido a um homem. Roy (ibid.) continua, e afirma que a melhor maneira de estabelecer esta distância é o homem não recuar frente a fazer de uma mulher causa de seu desejo. Não proporcionar esta distância, não neutralizar, em certa maneira, o desejo do Outro materno, é deixar a criança em perigo, desamparada frente à sensação da possível aniquilação do seu ser. Sem essa distância, o enigma frente ao desejo do Outro pode se mostrar extremamente angustiante.
Roy (ibid.) chama atenção - e compartilho desta observação na clínica - para a freqüência com que as mães, ao falarem da agitação do filho, fazem referência à impotência do homem em exercerem seu papel de pai. Não podemos ignorar que essa queixa, contudo, pode estar dizendo do papel do homem como pai ou como marido. Roy (ibid.) acrescenta que, nesses casos, há um gozo em excesso da mãe, que diz da dificuldade do pai em exercer sua função. É um gozo enigmático e de difícil assimilação, que se impõe a criança e esta não sabe o que fazer. Penso se esse “não saber o que fazer” é justamente o que leva a criança a querer fazer tudo ao mesmo tempo na tentativa de dar conta desse gozo, que precisa ser contornado.
Maria Inês Lamy (2005) aponta que uma criança que não consegue ficar quieta no lugar, talvez não saiba qual seu lugar no mundo ou no desejo dos pais, ou pode estar colocando em questão o lugar que está reservado para ela no seu meio familiar. Pode também estar temendo ficar sem lugar nenhum ou pode, através de sua agitação, estar querendo se deslocar de um lugar identificatório, que para a criança se mostra insuportável. Desse modo, ela propõe pensar a agitação como equivalente à angústia frente ao enigma do desejo do Outro. A agitação surgiria, diz Lamy (ibid.), no momento anterior a produção da angústia. E o que angustia o sujeito é não saber que objeto a é para o Outro, pois, como afirma Lacan, a angústia “não é sem objeto”. (2005, p. 146)
Cabe aqui tratarmos também dos casos onde a hiperatividade está associada à desatenção, acarretando para muitas crianças severos problemas de aprendizagem. Maria Silva Hanna articula o déficit de atenção à inibição, sendo esta última, “uma tática de defesa que resiste ao desejo do Outro, enigma que provocaria a emergência da angústia.” (2003, p. 151) Freud, em “Inibições, Sintomas e angústia” (1926), já havia nos alertado quanto à íntima relação entre a inibição de uma função do eu e a angústia, na medida em que a primeira atua evitando o surgimento da segunda.  Hanna (2005), partindo da perspectiva lacaniana, escreve que a emergência da angústia advém do confronto com a pergunta Che vuoi? (Que queres?), que se desdobra para “O que o Outro quer de mim?”. Tal pergunta implica em se deparar com a falha radical de estrutura, com a castração do Outro, com o desejo do Outro. O inibido se antecipa a essa pergunta por meio de uma restrição da função do eu - no caso, uma restrição da função da atenção - mas paga promovendo, por outro lado, uma estagnação do seu desejo.
Diante disso, finalizo minhas reflexões sobre a hiperatividade apontando para uma possível direção de tratamento, no qual a escuta deve estar dirigida à criança e aos pais. O trabalho com a criança permite que a mesma encontre um espaço de simbolização para abordar aquilo que a angustia, ou seja, o enigma frente ao desejo do Outro. É também o lugar onde ela pode tentar tratar o excesso de gozo proveniente da mãe, ao invés de se agitar na tentativa em vão de se livrar de tal incomodo.  Na escuta dirigida à mãe, busca-se promover o encontro com o desejo dela que se encontra tamponado pelo sintoma do filho, impedindo-a de se haver com sua própria falta. E, nos casos onde o pai pode ser acessado, permitir que o mesmo venha a se deparar com sua dificuldade de tomar uma mulher como causa de seu desejo e exercer a função paterna, sem, contudo, nos propormos a intervir de modo a “fazer o pai funcionar”. Simplesmente convidar o pai da paciente a ir a uma consulta pode ter um papel importante na condução clínica.
A escuta dirigida aos pais não visa fazer com que suas questões sejam trabalhadas na terapia do filho, mas possibilitar que eles possam se confrontar com suas próprias dificuldades - que, por eles, são ignoradas – e, quem sabe, sendo necessário, iniciarem uma análise em seu próprio nome. Fique claro que isso não é o mesmo que culpabilizá-los pelo problema do filho. Acredito que convocar tanto a mãe quanto o pai a falar sobre a criança, o lugar que esta tem para eles e também a falar sobre si, contribui para o trabalho analítico desenvolvido com crianças de um modo geral. É comum escutarmos a mãe, já que é ela quem normalmente faz a demanda e leva a criança aos atendimentos. Contudo, se identificamos que o sintoma da criança vem responder ao que há de sintomático no casal parental e, mais ainda, que a agitação da criança vem ocupar um lugar de distância entre ela e a mãe, que deveria estar sendo produzido pela função paterna, por que abster-se de convocar o pai? Ignorar o que o pai tem a dizer, mesmo que ele próprio faça isso, é confirmar a posição contemporânea de deslocar o pai de sua função e, como sabemos, isso não ocorre sem gerar dificuldades à criança.

* Parte do Trabalho apresentado na Jornada Anual de Cartéis 2006 da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP - RJ), cujo tema era "A atualidade clínica da transferência nas novas formas de laços sociais e familiares.". Texto produzido a partir do cartel “Princípios da clínica psicanalítica com crianças.”, que contava com as participantes: Cristina Duba (mais – 1), Cristiane Blume, Fernanda Brito e Flavia Bonfim.
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BIBLIOGRAFIA:

q  FREUD, S. Inibições, sintomas e angústia. (1926) In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Edição standard brasileira. Rio de janeiro: Imago Ed., 1996. v. XX.

q  HANNA, M. Inibições revistas à luz do cotidiano da clínica psicanalítica. In: HANNA & SOUZA (orgs.) O objeto da angústia. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005.

q  __________ O distúrbio déficit de atenção é “um sintoma posto no museu”? Uma leitura psicanalítica da síndrome do distúrbio de hiper-atividade e déficit de atenção.” In: Latusa, nº 8, Rio de Janeiro, 2003.

q  LACAN, J. Notas sobre a criança. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2003.

q  LACAN, J. Seminário 10 – A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2005.

q  LAMY, M “Meu filho não presta atenção em nada!” TDA/H – sabemos tratar? Evento promovido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, em novembro de 2005.

q  __________ Resistência e desejo do analista: quem trabalha na psicanálise com crianças. In: Ford-Da, nº 4/5, Rio de Janeiro: Revinter, 1998.

q  MILLER, J. A criança entre a mulher e a mãe. In: Opção Lacaniana, São Paulo: Revista Brasileira Internacional de Psicanálise,  nº 21, Abril/1998.

q  ROY, M. "Tiens-toi tranquille!" In: "La petite girafe" Paris, Ed. Agalma, revue de la Diagonale francophone du Cereda,  nº  18, outubro de 2003.

A PAZ




PAZ....
PAZ....PRECISO DE PAZ!
CORAÇÃO FECUNDO
NA HARMONIA DO SER,
ESCUTA-SE  UM GRITO SOLTO,
ESCUTA-SE O CESSAR DO FOGO,
O CALAR DA ALMA.
É UM NOVO TEMPO
É O SILÊNCIO DOS AMANTES
O CALAR DA VOZ...
É O CORAÇÃO  QUE FALA:
EU PRECISO AMAR!


CLEIDE MENEZES

 







 



 


A Paz - Roupa Nova

terça-feira, 12 de junho de 2012

ENTREVISTA Dor da alma


Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de
Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.  10 de março de 2009



Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?

A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende. Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.
A Saúde e as Emoções.

Há emoções prejudiciais à saúde? Quais são as que mais nos prejudicam?

70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas. O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais,os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.

Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?

De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus  limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.

Como é que a raiva nos afeta?

A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade,ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.

Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?

A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.

A alegria acalma os ânimos?

Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que  cheguem ao mundo da mente.

E a tristeza?

A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.Tornamo-las negativas quando as reprimimos.

Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?

Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil! Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.

Como prevenir a enfermidade?

Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.

E se aparecer a doença?

Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era  alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que creem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida.. Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.

Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?

Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias,ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra. O stress é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. E realmente só podes competir  quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.

O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?

A solidão. Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso. Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.

O que é para você a felicidade?

É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência. Viver o Presente.

É importante viver no presente? Como conseguir?

Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora. Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade. E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.

Na sua opinião, estamos tão confusos assim?

Temos três ilusões enormes que nos confundem:
Primeiro: cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo: cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência.. Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.
Terceiro: ilusão é o poder; desejamos o poder infinito de viver no mundo. E do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo. No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia. Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.
Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego. O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo.Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.

Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?
Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações



ESTUDOS TDAH

Funciones ejecutivas en el TDA/H

 
Dr. Thomas E. BrownModelo del Trastorno de Déficit de Atención desarrollado por el Dr. Brown
Basándose en más de 25 años de entrevistas e investigaciones con niños, adolescentes y adultos que presentan TDA o TDAH, el Dr. Brown ha desarrollado un extenso modelo para describir las complejas funciones cognitivas que se ven afectadas por esta perturbación. Este modelo describe las funciones ejecutivas, el sistema de manejo cognitivo del cerebro humano.
Aunque el modelo muestra seis conjuntos separados, estas funciones se desempeñan juntas continuamente, por lo general con rapidez y de forma inconsciente, para ayudar a cada individuo a manejar muchas de las tareas de la vida diaria. Las funciones se presentan en sus formas básicas en los niños pequeños y gradualmente se hacen más complejas a medida en que el cerebro madura a lo largo de la niñez, la adolescencia y la primera fase de la edad adulta.
Todo el mundo presenta fallos ocasionales en sus funciones ejecutivas. Sin embargo, los individuos con TDAH experimentan mayor dificultad en el desarrollo y uso de estas funciones que la mayoría de las personas de la misma edad y nivel de desarrollo. No obstante, incluso los individuos con un severo TDAH usualmente tienen algunas actividades en las que las funciones ejecutivas funcionan muy bien.
¡No hay que desanimarse!
Una persona puede tener una dificultad crónica con síntomas de TDAH en la mayoría de las áreas de la vida, pero cuando se trata de algunos intereses especiales como practicar un deporte o disfrutar videojuegos, hacer algo artístico o edificaciones con lego, no da muestras de los síntomas del TDAH.  Este fenómeno de “puedo hacer esto aquí, pero no en la mayoría de los otros lugares” podría hacer suponer que el TDAH es un problema simple de falta de fuerza de voluntad; pero no es así. Estas fallas de las funciones ejecutivas usualmente se deben a problemas congénitos en la química del sistema que maneja el cerebro.
Utilizando métodos de entrevistas clínicas, el Dr. Brown estudió a niños, adolescentes y adultos diagnosticados con el TDAH según los criterios de DSM. Comparó las descripciones que ellos hacían de sus problemas con las descripciones de los controles normales. Las comparaciones entre las personas diagnosticadas con TDAH y las muestras no clínicas en cada grupo de edad arrojaron informes de fallas que pueden ser reconocidas en seis conjuntos de este modelo de funciones ejecutivas.
FUNCIONES EJECUTIVAS Fallas en el TDAH
  1. Activación: organizar las tareas y materiales, estimar tiempo, establecer prioridades de las tareas e iniciar la actividad.
    Los pacientes con el TDAH describen una dificultad crónica con excesiva dilación. A menudo aplazan el iniciar una tarea, incluso una actividad que reconocen como algo muy importante para ellos, hasta el último minuto. Es como si no pudieran empezar y sólo lo hacen cuando perciben la tarea como algo de aguda emergencia.
  2. Foco: centrarse, conservar la atención, mantenerse concentrado en las tareas. Algunos describen sus dificultades para mantener la atención como lo que sucede cuando tratan de escuchar la radio de un automóvil mientras se alejan de la estación y la señal comienza a perderse: se capta algo de ella y se pierde parte de la misma. Dicen que se distraen fácilmente no sólo por las cosas que suceden a su alrededor, sino por sus propios pensamientos. Además, concentrarse en leer es algo difícil para muchos de ellos. Generalmente entienden las palabras cuando las leen, pero a menudo tienen que releer una y otra vez para poder captar el significado cabalmente y recordarlo.
  3. Esfuerzo: regular el estado de alerta, mantener el esfuerzo y procesar la velocidad. Muchas personas con TDAH indican que pueden realizar proyectos de corto plazo, pero enfrentan mucha más dificultad a la hora de ejecutar un esfuerzo sostenido durante largos períodos de tiempo. También se les dificulta concluir las tareas a tiempo, especialmente cuando les piden que redacten un texto expositivo. Un gran número de pacientes experimenta una dificultad crónica en cuanto a la regulación del sueño y la vigilia. A menudo permanecen despiertos hasta tarde porque no pueden “apagar” sus mentes. Una vez dormidos, frecuentemente duermen como muertos y tienen grandes dificultades para levantarse por la mañana.
  4. Emoción: manejar la frustración y controlar las emociones. Aunque el DSM-IV (clasificación internacional de los trastornos mentales) no reconoce ningún síntoma relacionado con el manejo de las emociones como un aspecto del TDAH, muchas personas con este desorden dicen experimentar dificultades crónicas con relación al manejo de la frustración, la ira, la ansiedad, la desilusión, el deseo y otras emociones. Hablan como si estas emociones se apoderaran de su pensamiento así como los virus de computadoras invaden un PC, lo que les hace imposible prestar atención a cualquier otra cosa. Les resulta sumamente difícil poner las emociones en perspectiva, colocarlas en la trastienda de la mente y proseguir con lo que necesitan hacer.
  5. Memoria: usar la memoria funcional y tener acceso al recuerdo. Con frecuencia, las personas con TDAH señalan que poseen una memoria adecuada o excepcional para cosas que ocurrieron mucho tiempo atrás, pero experimentan grandes dificultades a la hora de poder recordar dónde acaban de poner algo, lo que alguien les dijo un minuto atrás o qué estaban por decir. Pueden describir cierta dificultad para tener una o varias cosas “en línea” mientras atienden otras tareas. Además, las personas con TDAH a menudo se quejan porque no pueden extraer información que tienen en la memoria cuando la necesitan.
  6. Acción: hacer seguimiento de la propia acción y controlarla. Muchas personas con TDAH, incluso aquellas sin problemas de comportamiento hiperactivo, notifican problemas crónicos a la hora de controlar sus acciones. A menudo son demasiado impulsivas en lo que dicen o hacen, así como en su forma de pensar, por lo que llegan muy rápidamente a conclusiones erróneas. Las personas con TDAH también dicen experimentar problemas cuando desean hacer un seguimiento del contexto en el cual están interactuando. No logran advertir cuándo los demás se sienten desconcertados, heridos o contrariados por lo que ellas acaban de decir o hacer, y por lo tanto no alteran su comportamiento en respuesta a circunstancias específicas. Asimismo, muchas veces dicen experimentar dificultades crónicas cuando desean controlar el ritmo de sus acciones: desacelerarse o acelerarse según lo necesiten para tareas específicas.
La mayoría de los niños, adolescentes y adultos con TDAH dicen experimentar estas seis clases de deterioro de manera crónica, a un grado notablemente mayor que las personas sin TDAH. Estas clases no son categorías mutuamente excluyentes; tienden a coincidir en parte y a menudo son interactivas. Las Funciones Ejecutivas que presentan deterioro en los casos de TDAH son complejas y multifacéticas.
Fuente:

Lupus Filme - Do que é feita uma família

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TDAH-excesso de diagnósticos

Diagnosticando el TDAH: Un gran negocio de las multinacionales farmacéuticas

 

¿Sobrediagnósticos, infradiagnósticos o falsos diagnósticos en el TDAH?: El imparable aumento de beneficios de las multinacionales farmacéuticas y sus excelentes expectativas ante el próximo DSM -V

 

Manual de psiquiatría convierte a personas sanas en pacientes

Johan van der Tol, Radio Nederland

Durante los últimos años se ha registrado un explosivo incremento de diagnósticos de condiciones psiquiátricas. Expertos opinan que muchos de esos casos sólo benefician económicamente a las compañías farmacéuticas.

El número de diagnósticos psiquiátricos como TDAH (Trastorno por Déficit de Atención con Hiperactividad) ha experimentado un explosivo aumento en los últimos años. Según expertos holandeses, se califica incorrectamente a niños con problemas de concentración o muy activos como pacientes, con el principal objetivo de engrosar las arcas de la industria farmacéutica.

Los expertos temen que con el nuevo manual de psiquiatría, empleado en todo el mundo, más personas sanas sean declaradas innecesariamente como enfermas.

En el 2008, el profesor Roel Verheul, una autoridad a nivel internacional en el terreno de trastornos de personalidad, aceptó con orgullo la propuesta de colaborar en la quinta edición del 'Manual para el Diagnóstico y la Estadística de los Trastornos Mentales' (DSM por sus siglas en inglés).

Sin embargo, en abril se retiró del grupo de trabajo, junto con su colega canadiense John Livesley, después de reiteradas e infructuosas críticas a la 'biblia' de la psiquiatría en Estados Unidos.

Complicadas

La crítica principal de Verheul es la exagerada complejidad de las argumentaciones del manual de psiquiatría DSM-5. Por ello, en lugar de simplificar los diagnósticos, se corre el riesgo de que los psiquiatras procedan según sus propias indicaciones, que es justamente lo que se intenta evitar con el manual.

"Tememos que distintos terapeutas establezcan diagnósticos diferentes para el mismo paciente", explica Verheul en el programa de la televisión holandesa EenVandaag.

Por otra parte, el manual contiene numerosas indicaciones que, según Verheul, carecen de una sólida base científica y deberían sustentarse previamente con mayor investigación empírica.

Crecimiento incontrolado

Otras voces también advierten sobre el riesgo de un crecimiento incontrolado de nuevos trastornos psiquiátricos, lo que conduce a que se etiquete como pacientes a personas que no adolecen de ninguna enfermedad.

"En los últimos años ha crecido muchísimo el número de diagnósticos psiquiátricos y el uso de medicamentos", asegura la psicóloga Laura Batstra, de la Universidad Estatal de Groninga. "Con el DSM-III aumentó sobre todo el número de diagnósticos entre adultos, y con DSM-IV ocurrió otro tanto entre niños", especifica Batstra en referencia a las últimas versiones del DSM, de 1987 y el 2000.

A partir del 2000 aumentó principalmente el número de diagnósticos de trastornos de concentración TDAH y TDA entre niños, así como el empleo de Ritalin, el medicamento recetado para esas dolencias. Según Batstra, la gran mayoría de estos niños no sufre en absoluto de problemas médicos y, por tanto, es un error prescribirles medicación.

"Se debe evitar que ocurra una inflación del diagnóstico", advierte Verheul. "Es perfectamente plausible, por ejemplo, que el uno por ciento de la población total se encuadre en el diagnóstico de esquizofrenia, o que el 2, el 3 ó el 4 por ciento de los niños puedan ser diagnosticados con TDAH. Pero, si se amplían los criterios de modo que abarquen a un gran número de personas, se produce una especie de inflación de la psiquiatría. Y esto puede conducir a la pérdida de su credibilidad".

Industria farmacéutica

Según Batstra, los fabricantes de Ritalin juegan un papel discutible en el diagnóstico de TDA. "Realmente se ha desbordado. La industria farmacéutica se ha concentrado en la promoción del trastorno entre niñas. En el DSM-5, las categorías se definen aún con mayor amplitud, por lo que la discusión actual sobre el tema es muy necesaria".

Por otra parte, investigaciones norteamericanas demuestran que el 72 por ciento de los especialistas que colaboran en la redacción de DSM posee relaciones financieras con la industria farmacéutica. Relaciones como remuneraciones por dictar conferencias en congresos e incluso participaciones en acciones. Una situación que Batstra considera preocupante: "Sabemos, por ejemplo, que la investigación financiada por la industria farmacéutica demostrará un efecto positivo del medicamento en una proporción cinco veces mayor que los resultados de una investigación independiente".

El próximo manual DSM-5 se publicará en mayo del año próximo.

Fuente:

http://www.semana.com/vida-moderna/manual-psiquiatria-convierte-personas-sanas-pacientes/178029-3.aspx