Nalgum lugar,
Nalgum momento,
Nalgum instante,
Alguém me roubou o meu EU.
Não sei dizer onde e nem quando...
Só sei que não sou eu.
Se foi o sorriso,
Se foi o sonhar,
Se foi o canto,
E o mais angustiante,
O meu reencontrar tem um preço,
O preço da dor,
O preço de perder
Aquilo que pensei ser o amor!
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
CHEIRO DE PÃO
CEDO, BEM CEDO,
AO CAMINHAR PELA RUA,
SINTO O CHEIRO GOSTOSO,
DO PÃO DE SAL TÃO FAMOSO.
NESSE INSTANTE, AI MEU DEUS!
QUE SAUDADE DO CAFÉ
QUE MAMÃE PREPARAVA COM O CORAÇÃO,
QUANDO PAPAI NOS TRAZIA ESSE PÃO.
ERA SIMPLES, SÓ O PÃO,
COM CAFÉ E ÀS VEZES LEITE,
MAS ERA COM TANTO AMOR
QUE EU NUNCA ESQUECEREI O SABOR.
AO CAMINHAR PELA RUA,
SINTO O CHEIRO GOSTOSO,
DO PÃO DE SAL TÃO FAMOSO.
NESSE INSTANTE, AI MEU DEUS!
QUE SAUDADE DO CAFÉ
QUE MAMÃE PREPARAVA COM O CORAÇÃO,
QUANDO PAPAI NOS TRAZIA ESSE PÃO.
ERA SIMPLES, SÓ O PÃO,
COM CAFÉ E ÀS VEZES LEITE,
MAS ERA COM TANTO AMOR
QUE EU NUNCA ESQUECEREI O SABOR.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
CAMINHADA
CAMINHADA
UM CAMINHO LINDO E DURO...
DUALIDADES, COMO A MINHA VIDA SEMPRE FOI!
DIFÍCIL E FÁCIL CAMINHADA...
DEUS NA SUSTENTAÇÃO, FÉ NO CORAÇÃO!
AMOR E DESAMOR...
ALEGRIAS E TRISTEZAS...
ESPERANÇA MESMO NA DOR!
UM CAMINHO LINDO E DURO...
DUALIDADES, COMO A MINHA VIDA SEMPRE FOI!
DIFÍCIL E FÁCIL CAMINHADA...
DEUS NA SUSTENTAÇÃO, FÉ NO CORAÇÃO!
AMOR E DESAMOR...
ALEGRIAS E TRISTEZAS...
ESPERANÇA MESMO NA DOR!
crônica ANJO DESCALÇO
Arrumando as velhas fotografias, num misto de saudade e de amor deparo-me com um pequenino anjo, triste, feinho, mas inocente e muito amado. Amado pelo papai, pela mamãe que, mesmo na pobreza do auxiliar de carpintaria e da bela professorinha, nunca deixaram de cumprir o gosto da filhinha: vestir de anjinho nem que fosse com vestido comprado de segunda mão.
Que saudade me deu! Um vestido meio curto, um pé descalço, uma coroinha tão simplesinha! Mas era tudo muito amado e sonhado. Era sonhado até coroar Nossa Senhora, que nunca me deixaram coroar e que coroei no meu coração de menininha pobre. Sonhava até com o cartucho de amêndoas grandão, que nunca ganhei, mas ganhei quatro bênçãos de Deus.
Nesse ir e vir de recordações lembrei-me o porquê do pé descalço: o meu sapatinho mais lindo, aliás o único de sair, estava furado mesmo no dedão e eu, menina birrenta queria ir com ele. Que fazer? Era chegada a hora do casamento e eu seria anjo-dama, o que se usava naquela época.
Mamãe era amorosa demais, mas brava ainda mais e, nesse dia, para minha surpresa, disse com muita calma: - Já sei você vai só com um sapato, façamos de conta que machucou seu pezinho, estamos certas?
Não é que eu concordei. Fui para a Igreja como se fosse o mais lindo anjo da terra! E no fundo do meu coração eu pensei: É tão bom ter uma mamãe tão inteligente, não é mesmo dona. Francisquinha?
Ah! Fotografias... Uma forma de trazer ao presente toda a beleza de nosso passado!
Cleide menezes
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