domingo, 3 de julho de 2011

EUCARISTIA

Amados!
Nós, em nossa fraqueza, costumamos medir todas as coisas, a partir de cálculos matemáticos. Mas o poder e a glória de Deus não se mede, nem se calcula, mas se vive e se experimenta. Através da oferta de nós mesmos, da nossa fraqueza, abraçamos o Mistério escondido, mas agora a nós revelado. Mediado pelo “verdadeiro profeta que devia vir ao mundo”, como nos relata o Santo Evangelho de hoje. A maneira como Deus quer manifestar o Seu Amor, ultrapassa, em muito, a nossa expectativa de compreender e acolher a ação amorosa de Deus, em nós. Pois os sinais apenas são setas que nos apontam... Mas se nós fixamos nosso olhar, e permanecemos nos sinais, esquecemos a realidade que os sinais quer nos comunicar. Aliás, a realidade que o sinal nos aponta, é a verdade que buscamos, ao ser-nos revelado. Deus Se manifesta na simplicidade e na harmonia, pois este é o jeito de Deus Ser, e Se comunicar conosco. Revelando A Sua Santidade, para nos santificar e salvar. “Dêem-te glória, Senhor, todas as tuas obras, e os teus santos te bendigam...” (Sl 144).
A atitude de Eliseu – profeta de Deus – é de plena confiança na ordem do Senhor, diante do limite da realidade natural. “E Eliseu disse: Dá ao povo, para que coma. E o seu criado respondeu-lhe: Que é isto para eu o pôr diante de cem pessoas? Eliseu disse outra vez: Dá ao povo, para que coma; porque eis o que diz o Senhor: Comerão, e sobejará” (2 Rs 4, 42c-43). Deus pode e quer fazer em nós, mas espera um coração disposto e uma vontade determinada, deixar com confiança, Deus agir... Contemplemos com o olhar da fé, realizar-se plenamente, a vontade de Deus em nossa fraqueza! Como narra para nós a profecia bíblica: “Pôs-lhos, pois, diante, comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor” (2 Rs 4, 44). A atitude do profeta Eliseu nos faz pensar no “praxismo e no eficientismo” dos tempos modernos. Onde, infelizmente, ressalta-se a doutrina do materialismo, que fecha as portas para a ação da graça, e do poder de Deus nas realidades quotidianas... Enquanto sabemos que, em tudo está a Mão de Deus, que providencialmente, não deixa faltar àqueles que n’Ele esperam e o invocam. Àqueles que humildemente voltam seu coração para Ele, com pleno abandono e confiança. Pois “Há um só corpo e um só Espírito, como também vós fostes chamados a uma só esperança pela vossa vocação” (Ef 4, 4).
Amados! Não nos iludamos pensar poder realizar, seja o que for, com nossas próprias forças! Pois sabemos que nada somos capazes de realizar, se Deus, assim não fizer em nós!... “Rogo-vos, pois, eu o prisioneiro no Senhor, que andeis dum modo digno da vocação; com toda a humildade e mansidão...” (Ef 4, 1-2a). Sim! Reconheçamos, amados filhos, necessitados da graça, pois ela é como um rio que irriga a secura do nosso coração, que anseia por permanecer na presença do Senhor - o Tudo das nossas Almas! Esta fonte jamais secará, pois sai do Trono de Deus e vem até aos nossos Altares. Com o desejo de sustentar nossa fraqueza, e nos Alimentar. Enquanto estivermos em peregrinação, e atravessarmos o longo deserto da nossa vida. Pois “Os olhos de todos esperam em ti, Senhor, e tu lhes dás o sustento em tempo oportuno” (Sl 144, 15). Invoquemos o poder da graça, através de uma vida de intensa oração (de modo especial o Santo Rosário), e de confiança no Senhor. Sim! Invoquemos a proteção da Sempre Virgem Maria, que num ato de fé simples - mas pleno do amor de Deus - deixou-Se conduzir por Ele. Para que Ele, n’Ela, pudesse realizar os Seus desígnios. Ajudai-nos e ensinai-nos ó Mãe, a acolher, com alegria, as Maravilhas que Vosso Filho quer realizar em nossas vidas, assim como realizou, plenamente, em Vosso Materno Coração! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
Virgem Mãe, com o bálsamo da Tua graça, venha em socorro da nossa fraqueza! “Se o mundo te perguntar por que comungas tão freqüentemente, deves responder-lhe que é para aprender a amar a Deus, purificar-te de tuas imperfeições, livrar-te de tuas misérias, procurar consolo em tuas aflições e fortificar-te em tuas fraquezas”
(São Francisco

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