segunda-feira, 17 de junho de 2019

VIVA COMO AS FLORES


VIVA COMO AS FLORES



“ Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo mau cheiroso, tudo o que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor da suas pétalas.
É justo nos angustiarmos com as nossas próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não nossos. Se não são nossos, não há razão para aborrecimento. Exercitemos, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.”





QUAL É A SUA OBRA

   Esse é o último livro lançado pelo filósofo Mario Sergio Cortella. O livro trata de questionamentos sobre gestão, liderança e ética, procurando explicar vários termos do ambiente corporativo , além de desafiar alguns comportamentos das pessoas em relação as outras pessoas.Extraido do Blog  Marcelão  
                O inicio do livro é um convite a refletirmos sobre certos valores que estão presentes em nossa sociedade nos dias atuais. Para o autor, existe uma angústia muito grande dentro das pessoas e que está levando-as a se questionar o que estão fazendo com suas vidas e qual o verdadeiro significado de tudo isso. Funciona como uma sensação de vazio anterior, uma sensação de vazio que traz consigo uma crise no conjunto da vida social, do qual o trabalho é apenas um pedaço e que envolve a família, a relação entre as gerações e a própria escola. Estamos em um momento de transição(Você pode acessar aqui, aqui e aqui), de turbulência muito forte em relação aos valores. Há uma necessidade urgente de a vida ser muito mais a realização de uma obra do que um fardo que se carrega dia-a-dia.
                O autor resgata trechos da história para explicar o significado de certos comportamentos em relação ao trabalho como a associação do trabalho como um castigo, um fardo ou uma provação. A explanação dessa associação começa no período do século II A.C até o século V com a formação da sociedade greco-romana(sociedade essa que cresceu em sua exuberância a partir do trabalho escravo), passando pelo mundo medieval em que a relação foi senhor e servo (formação dos feudos, presentes em muitas empresas hoje em dia) mudando a relação de escravidão para servidão, e finalizando com o mundo capitalista europeu que “exportou” o trabalho escravo para fora da Europa. Países como Brasil e Estados Unidos foram todos construídos sob a lógica da exploração do outro.
                   Depois de apresentar a origem do trabalho, Cortella apresenta a visão da filosofia grega em relação ao trabalho, na qual a definição de dignidade é a capacidade de dedicar-se ao pensamento e não as obras manuais, a tal ponto que, no mundo escravocrata da filosofia e da ciência gregas não se faziam trabalhos manuais.
http://ocristo.blogs.sapo.pt/arquivo/cartoon-018.jpg
                   Esses dois últimos parágrafos representam a base da sociedade ocidental, que coloca o trabalho como castigo do ponto de vista moral-religioso ou uma concepção de castigo a partir da vontade dos deuses na cultura grega. Nobre é ser Senhor e o servo deve estar sempre na posição de submissão. Conceitos ainda muito presente no Brasil, pois ainda consideramos o trabalho manual como tarefa de inferiores.
                     A humildade é colocada como um dos valores a ser resgatados pela sociedade. Reconhecer que não estamos só, que devemos pensar em um senso maior de coletividade. Reconhecer que não sabemos tudo e que dependemos de outras pessoas para sobreviver. Um dos capítulos do livro é dedicado a importância de não se saber tudo (O lado bom de não saber) e condena aqueles que fingem que sabe. Aqueles que tem certeza de tudo. Gente que tem certeza de tudo não evolue, não inova, não cresce. Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir e repetir em um mundo em constante mudança não é uma boa atitude.
                    Reconhecer que não sabe tudo leva você a querer evoluir, a buscar novos conhecimentos, a arriscar mais. Arriscar mais pode levar a erros, erros que devem ser corrigidos e não punidos. O que se pune é a negligência, desatenção e o descuido. Thomas Edison inventou a lâmpada elétrica de corrente contínua, mas o que não se sabe é que ele fez 1430 experiências antes de obter sucesso. Ele aprendeu que o fracasso não vem com o erro, mas quando desistimos perante o erro.
                      A parte final do livro é dedicado a ética. Uma reflexão da importância de pensarmos coletivamente. O autor deixa clara a diferença entre autonomia e soberania. Autonomia leva em consideração os impactos que suas decisões tem na vida de outras pessoas. Soberania é fazer tudo o que quer sem levar em consideração as consequências. Temos autonomia na nossa vida, mas não soberania.
                       Enfim, o livro leva a refletirmos sobre o significado de nossos atos, a substituir o hábito de fazer algo sem um sentido maior pelo sentimento de construção de uma obra, uma obra a ser construída por todos nós em busca de uma melhor qualidade de vida.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Propriocepção




O QUE É PROPRIOCEPÇÃO?


A palavra propriocepção vem do latim proprius, e significa próprio, ou, de si mesmo, com percepção. A propriocepção é um dos sentidos humanos, como visão, paladar, olfato, audição, equilíbrio e tato.
A maioria dos sentidos é exteroceptiva, ou seja, fornece ao sistema nervoso central informações exteriores ao organismo.
A propriocepção é um sentido interoceptivo, pois, fornece informações sobre o que ocorre no interior do organismo.
O conceito de propriocepção ainda é uma realidade um pouco distante dos profissionais que lidam com uma grande diversidade de problemas como, por exemplo, distúrbios posturais, temporomandibulares, fibromialgia e dislexia. O conhecimento da propriocepção é uma importante ferramenta para os diagnósticos posturais e principalmente para atitudes terapêuticas.
O sistema proprioceptivo lida com informações de múltiplos sensores espalhados pelo organismo, presentes nos músculos, tendões, ligamentos (inclusive o ligamento periodontal), articulações e no sistema vestibular (labirinto).
Algumas informações táteis, semelhantes às informações proprioceptivas, também são importantes nesse contexto e estão presentes na pele e nas mucosas, principalmente da boca e da língua. As informações vindas da planta dos pés, por exemplo, são importantes fontes de informações relacionadas ao equilíbrio corporal.
A partir da integração e da compatibilização dessas informações, o sistema nervoso central emite as ordens necessárias às fibras musculares (sistema motor) afim de que se realize um determinado movimento (ação motora).
Sinais e sintomas decorrentes de problemas nesses sistemas sensoriais e nos sistemas de integração e controle podem ser didaticamente separados nos vários conjuntos, vamos destacar apenas os mais comuns:

1. DOR
Fibromialgia, vários tipos de dor crônica, dor de cabeça (cefaleia), dor muscular nos braços, abdômen, no pescoço, nas costas e nas pernas (semelhante à dor ciática).

2. DISTÚRBIOS POSTURAIS
O corpo humano funciona numa harmonia biomecânica com a qual o cérebro consegue reconhecer sua forma e sua volumetria, bem como sua posição no espaço. Os problemas surgem quando essa harmonia é quebrada. Do mesmo modo que certas falhas nos aparelhos oculares e auditivos afetam a postura, também os problemas de postura afetam o normal funcionamento desses aparelhos. Seja “o ovo” ou “a galinha” aquilo que tenha surgido primeiro, as consequências podem ser as mesmas: problemas de equilíbrio, adoção de posturas erradas, dislexia e outros.
Atualmente dão-se passos importantes no estudo da postura sob o ponto de vista científico.
Os exemplos mais comuns são a anteriorização da cabeça, a limitação da função dos membros superiores e inferiores, tonturas e vertigens.
Posturologia é uma disciplina emergente, cujo objetivo é estudar e tratar os distúrbios da postura, que se designam genericamente por S.D.P. (Síndrome de Deficiência Postural).
“O indivíduo adota posturas corporais incorretas, que embaralham a percepção que o cérebro tem da posição das diferentes partes do corpo”.

3. DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO
Este sintoma pode aparecer na forma de vertigens (falsas sensações de movimento corporal ou do ambiente), tonturas, enjoos, náuseas, quedas inexplicáveis, choques contra objetos sem causas que os justifiquem dentre outros.

4. DISTÚRBIOS DO SONO
Sono leve e agitado, demora para começar a dormir, com frequentes despertares durante a noite e/ou com despertar cansado, são queixas comuns entre os pacientes com problemas posturais.

5. DISTÚRBIO DE RENDIMENTO ESCOLAR
A criança tem dificuldade em progredir adequadamente na escola, com resultados abaixo da sua capacidade intelectual e do esforço que desenvolve. Muitas vezes aparecem sintomas como dislexia, discalculia, disortografia, déficit de atenção e hiperatividade. Muitas vezes até cansaço físico inexplicável, mesmo pela manhã, antes de qualquer esforço.

6. PERTURBAÇÕES VASCULARES
A perturbação mais freqüente é a palidez da pele, que se normaliza de imediato após tratamento proprioceptivo, mãos frias e molhadas mesmo em ambientes quentes. Alguns pacientes apresentam intervalo encurtado entre pressão arterial máxima e mínima.

7. DIFICULDADE DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL
A pessoa tem dificuldade em perceber a posição exata de cada segmento de seu corpo em relação aos outros segmentos e também a relação entre corpo e espaço. Ela morde a bochecha ou a língua sem querer, engasga facilmente, tropeça sem razão aparente, derruba objetos, despeja líquidos fora do recipiente, pode se perder em locais conhecidos sente-se mal em grandes espaços e outros.

8. DISTÚRBIOS DA ESFERA EMOCIONAL
Ansiedade, estado depressivo, sensação de tensão permanente, solidão, irritação, falta de concentração, sensação de cansaço freqüente e outros.
Alguns pacientes, quando diagnosticados de disfunções proprioceptivas contam sobre verdadeiras peregrinações por clínicas e consultórios médicos, sem resultados. Isso acontece porque, apesar da propriocepção ser conhecida há muito tempo pelos profissionais e pesquisadores em saúde, os estudos e os métodos de diagnóstico e de tratamento ganharam impulso apenas recentemente através dos exames neurofisiológicos.

DTM, DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR OU DISFUNÇÃO CRÂNIO-MANDIBULAR
Um termo coletivo que abrange grande número de problemas clínicos e que envolve a musculatura mastigatória, as articulações temporomandibulares e as estruturas associadas, isolada ou coletivamente, segundo definição da American Academy of Orofacial Pain.
Acomete estruturas de uma região denominada segmento cefálico, que compreende a face, o crânio, as articulações temporomandibulares (ATMs), a coluna cervical e os ombros.
No segmento cefálico encontram-se estruturas esqueléticas (ossos) conectadas entre si por articulações, músculos e ligamentos, além de estruturas nervosas, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
As conseqüências de anormalidades em estruturas dessa região são determinantes para distúrbios posturais, disfunções biomecânicas da coluna, incluindo o segmento sacro-ilíaco e cóccix, cintura escapular, sistema estômatognático, membros inferiores, compressões vasculares ou nervosas e outros.
Essas alterações estruturais provocam disfunção do Sistema Proprioceptivo, com sintomas múltiplos e que podem manifestar-se de diferentes maneiras, dependendo do organismo.

PLASTICIDADE NEURONAL OU NEUROPLASTICIDADE
É o fenômeno base de todo funcionamento cerebral. O principal e mais fantástico fenômeno do cérebro, que cria, através do tempo, circuitos nervosos para que o individuo possa ter consciência auto-reflexiva, memória, atenção, raciocínio, ação impulsos e outros, e assim interagir com o meio. É a capacidade dos neurônios de se comunicarem entre si (sinapses), de estabelecerem redes e de criarem circuitos que vão responder a milhões de funções necessárias ao ser vivo para sobreviver e reagir a tudo que o cerca no meio ambiente.
Mesmo afetado por doenças, lesões ou morte de neurônios, o cérebro é capaz de desenvolver novos circuitos com os neurônios sobreviventes para substituir as funções que foram alteradas.
As doenças crônicas têm a capacidade de modificar sinapses ou de formar novas conexões a cada momento, seja pelo aprendizado das informações obtidas pelas doenças (dor, tontura, etc.), seja na fase de recuperação da saúde através da informação correta, proporcionada pelo tratamento sugerido através de um diagnóstico preciso. Tudo isso seguido de exercícios de correção da postura, onde se reeduca o andar, estar de pé, sentar, deitar e respirar de modo a restabelecer o equilíbrio corporal.

TRATAMENTO
Em relação aos sintomas físicos, e logo após o inicio do tratamento a melhora já é nítida, enquanto os sintomas cognitivos levam algumas semanas ou meses para mostrar os primeiros resultados.
No intuito de dar qualidade de vida aos pacientes, Narcisa Pavan desenvolveu ao longo de 15 anos de estudo e pesquisa, um protocolo de tratamento que utiliza a reprogramação postural, palmilhas, exercícios de indução neuroplástica, ergonomia do mobiliário e estímulos proprioceptivos. Utilizando métodos neurofisiológicos, são feitos estímulos nos sensores proprioceptivos através de instrumentos desenvolvidos por ela, chamados de Zeph's. Esse procedimento permite o restabelecimento da integração cognitivo – sensoriomotora, através da medula espinal, tronco cerebral, cerebelo e estruturas sub-corticais, com coordenação pelo córtex cerebral e neuroplasticidade.

Esta terapêutica não faz uso de medicamentos e o sucesso ocorre na maioria dos pacientes desde que tenham seguido todas as recomendações prescritas pela profissional.


DICAS TDAH


DICAS  TDAH Hallowell e Ratey, autores do livro Tendência à Distração (referências na página BIBLIOGRAFIA), oferecem dez dicas para pais e professores sobre como explicar o TDAH para crianças: 1 - contar a verdade: este é o princípio central. Primeiro, aprender tudo o que estiver disponível sobre o assunto. Depois, falar com suas próprias palavras o que aprendeu, para que a criança possa compreender. Não deixar esse trabalho para a simples leitura de um livro ou para uma explicação do profissional especializado. Fazer você mesmo, com clareza e honestidade. 2 - usar um vocabulário preciso: não criar palavras sem significado nem utilizar palavras inadequadas. A criança vai aceitar sua explicação e carregá-la consigo sempre. 3 - metáfora da miopia: comparar o TDAH a um problema visual é muito útil ao explicar a dificuldade - é um problema congênito, não cura mas pode ser controlado, precisa de um auxiliar externo, ninguém é responsável por ele. Além disso, é uma explicação precisa e não emotiva. 4 - responder as perguntas: e provocar perguntas. Lembrar-se que as crianças fazem perguntas que não sabemos responder; não ter medo de dizer que não sabe mas que vai se informar. Ler todo o material que já está disponível (página BIBLIOGRAFIA), freqüentar assiduamente este site, conversar com profissionais especializados. 5 - falar do que o TDAH não é: retardo mental, loucura, falta de inteligência, defeito de caráter, preguiça, falta de vontade, família desestruturada etc.6 - dar exemplos positivos de pessoas que têm TDAH: pessoas conhecidas, como Michael Johnson, Robin Williams, Whoopie Goldberg, ou pessoas da família (pai, mãe, primos, tios?). 7 - prevenir para a criança não usar o TDAH como desculpa: a maioria delas, no início, tende a usar a dificuldade como desculpa para tudo. O TDAH é uma explicação, não uma justificativa. Elas devem saber que continuam responsáveis por seus atos. 8 - ensinar a criança a responder perguntas sobre as dúvidas dos outros: sobretudo as dos colegas. A atitude é a mesma: contar a verdade. Dramatizar uma possível situação de provocação com a criança e mostrar como ela deve enfrentá-la. 9 - falar para os outros a respeito do TDAH da criança: com o consentimento dela, conversar sobre a situação com os colegas da escola e com outros membros da família. A mensagem a ser passada é que não existe nada do que se envergonhar, nada a esconder, mas muito a ajudar. 10 - educar os outros: a escola, os pais dos amigos da criança, os amigos da família. A arma mais forte que temos para conseguir que a criança seja tratada de maneira adequada é o conhecimento. Espalhar esse conhecimento o mais que puder , pois ainda há muita ignorância e preconceito ligados ao TDAH. Cleide Maria da Costa Menezes                                               PSICOPEDAGOGA


Hiperativo...

Dicas para o professor lidar com hiperativos.

Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe e de costas para ela;
Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;
Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos;
Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;
Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
Procure dar supervisão adicional aproveitando o intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o auto-controle;
Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações e assine-as;
O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;
Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos;
Adapte suas expectativas quanta à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não espere que se concentre em apenas urna tarefa durante todo o período da aula;
Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqiiente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
Coloque limites claros e objetivos; tenha urna atitude disciplinar equilibrada e proporcione avaliação freqiiente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado;
Desenvolva um repert6rio de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;
Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção adicional.

Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido a ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma série de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa.
Não seja mártir! Reconheça os limites de sua tolerância e modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer trás ressentimento e frustração.
Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou o orientador da escola. Ele é a melhor ligação com a escola, pais e médico.


Cleide Maria da Costa Menezes
psicopedagoga

vídeo material dourado


MATERIAL DOURADO

 ELIANA APARECIDA CARLETO
imagem do usuário
UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Ana Maria Ferola da Silva Nunes; Denize Donizete Campos Rizzotto
Estrutura Curricular

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Fixar os fatos fundamentais;
  • Desenvolver os conceitos de: unidade, dezena e centena;
  • Compreender conteúdos matemáticos;
  • Representar números utilizando material dourado;
  • Resolver situações de: adição, subtração, multiplicação e divisão utilizando material dourado;
  • Desenvolver raciocínio lógico matemático e atenção;
  • Aprimorar rapidez de reação;
  • Interagir com os pares;
  • Desenvolver habilidades de leitura e de escrita;
  • Despertar a criticidade a partir do jogo;
  • Desenvolver atitudes de interação e de colaboração em grupos;
  • Utilizar os recursos existentes no laptop do Projeto Um Computador por Aluno - UCA, visando construir conhecimentos novos relativos ao tema da aula.
Duração das atividades
Aproximadamente 300 minutos – 5 atividades de 60 minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Para a realização desta aula é necessário que o aluno consiga distinguir os diferentes conceitos e a utilização das operações de: adição, subtração, divisão e multiplicação. Seja capaz de identificar numerais de 1 a 1000, bem como a quantidade que cada um representa; que saibam identificar dezenas e centenas exatas representando-as e conceituar unidade, dezena e centena. Consideramos relevante que os alunos conheçam o material dourado.
Estratégias e recursos da aula
Informações ao professor
Professor, é importante que você e seus alunos conheçam o material dourado. Para isto, sugerimos a leitura da aula “Sistema de numeração decimal através do material dourado”, acesse o Sítio: “Portal do Professor”. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10247>. Acesso em: 13 de ago. 2014. Nesta aula, dentre as atividades propostas, é possível verificar que o material dourado é composto de quatro peças, sendo que há relação quantitativa entre as peças, ou seja, o cubinho vale 1 (uma) unidade, a barra vale 10 (dez) unidades, a placa vale 100 (cem) unidades e o cubo vale 1000 (mil) unidades. Veja:

Material dourado
  Fonte: Sítio: “Programa Educar”. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2f1.gif>. Acesso em: 13 de ago. 2014.

Se em sua escola não tiver este material, você poderá confeccionar com seus alunos. Veja algumas sugestões de como confeccionar nos endereços:
Material dourado   
Sítio: “Ensine seu filho”. Disponível em: <http://ensineseubebe.blogspot.com.br/2011/04/como-confeccionar-seu-proprio-material.html>. Acesso em: 13 de ago. 2014.

Material dourado   
Sítio “Banco de atividades”. Disponível em: <http://bancodeatividades.blogspot.com.br/2009/12/matematica-material-dourado-planificado.html>. Acesso em: 13 de ago. 2014.

1ª Atividade: aproximadamente 60 minutos. 
Professor, organize uma roda de conversa para verificar os conhecimentos dos alunos acerca do material dourado. Relembre-os do valor de cada peça. Se necessário, realize uma atividade para que eles familiarizem com as peças. Observe o que sabem, questionem sobre o valor de cada uma. Você poderá indagar:
  • Que peça é esta? (Apresente uma de cada vez.).
  • Quantos cubinhos eu preciso para formar uma barra?
  • Quantas barras eu preciso para formar uma placa?
  • Quantos cubinhos eu preciso para formar uma placa?
  • Quantas placas eu preciso para formar um bloco?   
Depois que os alunos conhecerem as peças, você poderá utilizá-las para trabalhar as quatro operações. A seguir, registramos nossas sugestões.

Profissoes   Estudando a adição com material dourado
Fonte da imagem: Sítio: “Painel Criativo”. Disponível em: <http://www.painelcriativo.com.br/wp-content/uploads/2010/04/desenhos-carinha-menino-menina-pintura-8.jpg>. Acesso em: 14 de ago. 2014.
Professor, para complementar os estudos sobre operação de adição, organize os alunos em duplas, distribua uma quantidade qualquer de peças a eles e depois os instrua a realizarem as operações de adição correspondentes às peças entregues a cada dupla. Veja um exemplo:
a- Entregue as peças às duplas. Por exemplo: para um aluno, entregue: uma placa (100), três barras (30) e dois cubinhos (2). Veja:

Material dourado   132
Fonte: Imagem da própria autora.

Para outro aluno, entregue: uma placa (100), seis barras (60) e cinco cubinhos (5). Veja:
Material dourado    165
Fonte: Imagem da própria autora.

b- Peça que cada um diga quanto tem, ou se preferir, que registrem em uma folha de papel a quantidade que tem. (No exemplo citado, o primeiro aluno deverá dizer que tem 132 e o segundo, 165.).

c- Agora, peça que juntem as quantidades:
Material dourado    297
Fonte: Imagem da própria autora.

Observação: Explique a atividade por meio de exemplos como o registrado anteriormente. Só inicie após todos entenderem como realizá-la.
No decorrer da atividade vá incluindo novos desafios, por exemplo, distribua uma quantidade maior de cubinhos, desta forma os alunos terão de fazer substituições, isto é, deverão trocar cubinhos por barra. Veja um exemplo:

Aluno 1: uma placa (100), cinco barras (50) e oito cubinhos (8). Veja:
Material dourado   158
Fonte: Imagem da própria autora.
    
Aluno 2: uma placa (100), três barras (30) e cinco cubinhos (5). Veja:
Material dourado    135
Fonte: Imagem da própria autora.

Primeiro os alunos deverão somar as unidades, isto é, oito cubinhos com cinco cubinhos dão treze. Portanto, deverão trocar por uma barra (10) e ficar com três cubinhos (3).
Material dourado
Fonte: Imagem da própria autora.

Importante: Utilize apenas as peças que condiz com os conteúdos já trabalhados por você, ou seja, se ainda não tiver trabalhado centena, entregue para os alunos apenas barras e cubinhos.
Após a realização das atividades, sugerimos registrá-la no caderno de Matemática. Peça que os alunos escrevam as operações realizadas e seus respectivos resultados. Depois que tiverem registrados as operações, instrua-os a escreverem os resultados por extenso e identificar se são números pares ou ímpares.

2ª Atividade: aproximadamente 60 minutos.
Profissoes   Estudando a subtração com material dourado

Professor, agora o trabalho será realizado individualmente. Faça assim:

a - Distribua uma certa quantidade de peças a cada aluno, por exemplo: dez barras representando o número cem (100). Veja:
Material dourado   100
Fonte: Imagem da própria autora.

a - Informe aos alunos, que todos eles devem algumas peças para você. Por exemplo, 20 unidades. A operação, no caso, será: 100-20. Ou seja, os alunos deverão dizer que ficarão com 80 unidades. Veja:
Material dourado   100 - 20 = 80 
Fonte: Imagem da própria autora.

a - Agora, diga que  das 8 barras (80) que ficaram, eles lhe devem 16 cubinhos. A operação, no caso, será: 80 – 16. Os alunos deverão trocar uma barra por dez cubinhos, veja:
Material dourado   80
Fonte: Imagem da própria autora.

Em seguida, basta retirar uma barra (que vale 10) e seis cubinhos (totalizando os dezesseis que deve). No final, o aluno verifica que ficou com 64 (seis barras e oito cubinhos).
Material dourado
  Fonte: Imagem da própria autora.
Observação: Explique a atividade utilizando a quantidade de exemplos que forem necessários para que os alunos entendam. Só inicie após a compreensão de todos.
No decorrer da atividade ande pela sala de aula, auxilie aqueles que demonstrarem dificuldades, questione-os para que reflitam sobre a situação apresentada, isto é, seja mediador do processo de aprendizagem.

3ª Atividade: aproximadamente 60 minutos.
Profissoes   Estudando a multiplicação com material dourado

Professor, a multiplicação está relacionada à área de figuras retangulares (base x altura). Desta forma, explique para os alunos como usar o material dourado para realizar a multiplicação. Utilize a terminologia linhas e colunas para realizar este estudo. Veja:

a – Apresente um retângulo de 4  x 5 cubinhos, totalizando 20. No caso, quatro colunas por cinco linhas:
Material dourado    4 x 5
Fonte: Imagem da própria autora.

b – Agora, é só fazer a contagem dos cubinhos e descobrir o resultado da operação. Aproveite para pedir que troquem o valor encontrado pelas barrinhas, ou seja, 20 (2 barras.).
Material dourado    20
Fonte: Imagem da própria autora.

Amplie as operações de acordo com o conhecimento de sua turma. Por exemplo, para multiplicar 11 por 14, forma-se um retângulo com onze linhas e quatorze colunas da seguinte forma: uma placa (10 x 10), uma barra abaixo (1 x 10), quatro barras à direita (10 x 4) e o restante com cubinhos (1 x 4). Veja:
Material dourado   154
Fonte: Imagem da própria autora.

Agora, junte tudo. Agrupe as peças iguais e conte quantas de cada. No exemplo, uma placa (100), cinco barras (50) e quatro cubinhos (4), que será lido como 154. Veja:
Material dourado   154
Fonte: Imagem da própria autora.

Observação: Como nas atividades anteriores,explique o processo utilizando a quantidade de exemplos que forem necessários para que os alunos entendam. Só inicie após a compreensão e todos. No decorrer da atividade ande pela sala de aula, auxilie aqueles que demonstrarem dificuldades, questione-os para que reflitam sobre a situação apresentada, isto é, seja mediador do processo de aprendizagem.
Enquanto os participantes estiverem realizando a atividade observe a reação deles: suas angústias, apreensões, facilidades, dificuldades, rapidez, ou quaisquer outras demonstração/ões de emoção/sentimento. Este é um rico espaço para trabalhar nossas expectativas frente a desafios.
Ao final da atividade, faça uma roda de conversa com os alunos. Pergunte o que eles acharam. Quais foram as facilidades e as dificuldades encontradas na atividade. É importante que os alunos justifiquem suas respostas.

4ª Atividade: aproximadamente 60 minutos.
Profissoes  Estudando a divisão com material dourado

 Depois de terem passado por diferentes processos, supõe-se que seus alunos já estejam craques na troca de peças, cubos por barras, barras por cubos e assim sucessivamente. Agora, é a vez da divisão. Este processo é simples, basta fazer distribuir as peças nos grupos solicitados. Veja:
a- Distribua várias peças para cada aluno. Inclua cubinhos, barras e placas;

b- Peça para dividirem, por exemplo, 9 (nove cubinhos) por três, basta distribuir as peças igualmente entre três grupos. Veja:
Material dourado   9
Fonte: Imagem da própria autora.

c- Desafie com operações que requerem trocas de peças. Por exemplo, 487 (quatro placas, oito barras e sete cubinhos) por 4, é só distribuir entre quatro grupos. O que sobrar será o resto da divisão. Veja:
Material dourado     487
 Fonte: Imagem da própria autora.

Material dourado    487: 4
Fonte: Imagem da própria autora.

(Começamos pelas placas: ficou uma em cada grupo. As quatro barras foram distribuídas pelos quatro grupos. Os sete cubinhos foram distribuídos um para cada grupo e sobraram três. Resultado, 121, com resto 3.).
Observação: Se você quiser poderá realizar atividade em duplas. Assim, um aluno poderá ajudar o outro, compartilhando os seus saberes.

Importante: Ao realizar as atividades propostas, faça a adaptação de acordo com o nível de seus alunos. Elas poderão ser realizadas em diferentes faixas etárias e níveis de conhecimento desde que se estabeleçam regras que não ultrapassem a capacidade da turma.

Profissoes   Utilizando a informática

Proponha algumas atividades lúdicas com o uso do material dourado. Para isto, leve os alunos até o Laboratório de Informática, ou se eles possuírem laptop do Projeto UCA conectado à internet, você poderá sugerir que o utilizem,   a partir do caminho:  Mozilla Firefox (Metasys > Favoritos > Navegador de Internet) ou (Área de Trabalho > Navegador de Internet). Estas atividades te darão pistas para saber como está o conhecimento deles.    Juntamente com os alunos acesse:
Sítio: “Educação dinâmica”. Jogo Material dourado virtual. Disponível em: <http://www.educacaodinamica.com.br/ed/views/game_educativo.php?id=13&jogo=Material%20Dourado%20Virtual>. Acesso em: 13 de ago. 2014.
Sítio: “Jogo Nunca dez”. Disponível em: <http://www.educacaodinamica.com.br/ed/views/game_educativo.php?id=1&jogo=Nunca10>. Acesso em: 13 de ago. 2014.
 Sítio: “Blocos Especiais”. Disponível em:  <http://www.escolagames.com.br/jogos/blocosEspaciais/>. Acesso em: 13 de ago. 2014.
Observação: Professor, caso seus alunos não possam utilizar computadores, você poderá realizar os jogos sugeridos acima. Para isto, é só providenciar as peças do material dourado. Lembre-se: é importante que cada grupo tenha o seu material.
Durante a realização dos jogos observe as dificuldades e as facilidades encontradas por cada aluno, seja mediador dos diferentes momentos, questione-os sobre as formas como estão jogando, interfira apresentando novos desafios: Você tem certeza que esta é a peça adequada para resolver esta situação? Ao terminar esta etapa faça uma avaliação, sonde sobre o que acharam da atividade.
Recursos Complementares
Sugestão de link para o aluno e o professor:
Sítio: “YouTube”. Material dourado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=L6RtTG>.  Acesso em: 15 de ago. 2014.
Sugestões de links para professores:
Sítio: “Programa Educar”. Disponível em:<http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm>. Acesso em: 15 de ago. 2014.
Referência para o professor
SILVEIRA, Joveliana Amado da. Material dourado de Montessori: trabalhando com os algoritmos da adição, subtração, multiplicação e divisão. In: Ensino em Re-vista,  n. 6 jul. 1997/jun. 1998, p. 47-63. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/viewFile/7836/4943 >. Acesso em: 15 de ago. 2014.
Avaliação
A avaliação deverá ser feita em todos os momentos propostos, por meio da observação e dos registros individuais de cada aluno. Entre os objetivos da avaliação, destacamos que ela deve lhe fornecer informações sobre a aprendizagem dos alunos: os conhecimentos adquiridos, os raciocínios desenvolvidos, os valores incorporados e o domínio de certas estratégias. Assim, observe se seus alunos conseguiram: fixar os fatos fundamentais; aperfeiçoar conhecimentos; seguir regras estabelecidas; representar números utilizando material dourado; resolver situações de adição, subtração, multiplicação e divisão utilizando material dourado. Além disso, observe se interagiram com os pares respeitando as diferenças, pois somos distintos e cada um aprende de um jeito. Se você utilizou laptop do Projeto UCA observe se os alunos trabalham com seus laptops, seguindo as suas sugestões e/ou utilizando autonomia para resolver imprevistos quanto ao uso dos programas.