terça-feira, 26 de outubro de 2010

RESILIÊNCIA

Resiliência - definição a partir de Boris Cyrulnik

Nosso estudo sobre resiliência se dá a partir da obra de Boris Cyrulnik, que é um importante pesquisador deste conceito, na França. Ele tem uma longa trajetória como etólogo, neuropsiquiatra e psicanalista. É chefe da Clínica do Apego, na Universidade de Tolon, e presidente do Observatoire Internacional de la Résilience. Para Cyrulnik, a resiliência é um processo de superação, um modo de subjetivação, que se dá no encontro com o outro, resultado da interação de fatores pessoais, institucionais e/ou do contexto social. É uma tessitura, a partir do vínculo e do processo de significação. É o resultado da interação entre aspectos individuais, contexto social, quantidade e qualidade dos acontecimentos, no decorrer da vida, e os chamados fatores de proteção na família e no meio social.

(...)Trata-se de um processo, de um conjunto de fenômenos harmonizados em que o sujeito se esgueira para dentro de um contexto afetivo, social e cultural. A resiliência é a arte de navegar nas torrentes. Um trauma empurrou um sujeito em uma direção que ele gostaria de não tomar. Mas, uma vez que caiu numa correnteza que o faz rolar e o carrega para uma cascata de ferimentos, o resiliente deve apelar aos recursos internos impregnados em sua memória, deve brigar para não se deixar arrastar pela inclinação natural dos traumatismos que o fazem navegar aos trambolhões, de golpe em golpe, até o momento em que uma mão estendida lhe ofereça um recurso externo, uma relação afetiva, uma instituição social ou cultural que lhe permita a superação. (Cyrulnik, 2004, p.

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