quarta-feira, 13 de julho de 2011

LINDA PÁGINA

O PONTO NEGRO
Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.

O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:

- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.

Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:


- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas.
Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre!
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro!
O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida.
Aproveite cada bênção, cada momento que o Criador te dá.

Tranqüilize-se e seja ... FELIZ!

terça-feira, 12 de julho de 2011

NEMO

"hiperatividade: FILME COMENTADO
Publicado em 15 de fevereiro de 2007 - 23:38:54

Descobri um texto super-interessante que exemplifica, de maneira lúdica, um dos vários perfis do TDAH - o tipo desatento. No site www.medicinadocomportamento.com.br, Mirian Marchiori analisa alguns filmes à luz do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, entre eles, "Procurando Nemo".

Talvez seja uma forma "light" de pais e professores utilizarem o personagem e a história para identificar seus filhos ou alunos, usá-los como modelo para momentos de conscientização ou trabalho de mudança de comportamento, ou ainda, como recurso para informação e capacitação.



"Nemo é um peixinho-palhaço (de cor laranja, rajadinho de branco), sobrevivente de um ataque de um predador que matou sua mãe (Coral) e todos os seus futuros irmãozinhos, ainda em ovas. Seu pai (Marlin), agora viúvo, tímido e muito medroso, passa a superprotegê-lo, sem muito sucesso.

Nemo, animado, destemido, impulsivo e desbravador (olha o TDAH aí, gente!), vai em busca do perigo, é fisgado por pescadores e acaba virando ornamento de um aquário em Sydney, na Austrália. Marlin, desesperado, tenta encontrar seu filho de qualquer jeito, mas sem a ajuda da simpática peixinha azul Dory – que ele conhece no meio do caminho - isso jamais seria possível.

Dory, é tudo de bom! Tirando os exageros, que todo desenho animado exibe, Dory, ao meu ver, é a típica TDAH que vive no mundo da lua: sonhadora, criativa, atrapalhada, desastrada, esquecida, perdidinha da “silva” e falante (noooossa!). Ouvi críticas e críticas sobre o seu “desempenho”: fala demais, é irritante, saturou um pouco o espectador, deram muito ponto pra ela, exageraaaaada! Mas, cá entre nós, Dory roubou a cena de qualquer um.

Marlin, em busca de seu filho Nemo, passou sufoco nas “mãos” de Dory. Vivenciou situações extremamente constrangedoras pelo seu jeitinho tão especial e extravagante de ser, bem como pelas suas tremendas gafes sociais, como, por exemplo, chamar uma respeitosa baleia de “miudinho” e tentar se comunicar com ela falando “baleiês” (cena hilária e inesquecível). Não deu outra: a baleia foi lá e papou os dois.

Quando eles se conheceram, Marlin até fez um jogo duro, dizendo que ela tinha um “parafuso solto” e que não tinha tempo a perder. Mas depois, como todo bom TDAH, Dory foi cativando... cativando... cativando... que até nós, os grandalhões, ficávamos com aquela carinha boba, contente quando ela aparecia, esperando a próxima confusão que iria arrumar e suas mágicas soluções.

Já, quase no finalzinho, o desesperançado Marlin, desistindo de procurar Nemo, pede para sua companheira de jornada Dory seguir o seu próprio caminho. E nesse diálogo entre os dois, está lá, mais uma vez, algo típico de TDAH: “Ah não, não me deixe sozinha. Você foi a única pessoa que conseguiu ficar comigo por tanto tempo!”.

É, pessoal, as pessoas com TDAH sofrem de baixa auto-estima, medo da rejeição e não é pouco não! Fazer isso com alguém com TDAH é deixá-lo à mercê de seus próprios transtornos. Dory é uma amigona e tanto, e demonstra felicidade quando pode ajudar e ser útil, mesmo com seus desacertos. É ela quem incentiva Marlin, todo o tempo, a encontrar seu filho único com sua cadência sempre bem humorada: “Continue a nadar! Continue a nadar!”. Pessoas com TDAH são sempre boas companheiras e, muitas vezes geniais, quando lhes damos a chance de demonstrarem seus talentos e potencialidades natos.
Lógico que essa história tinha que ter um happy end. Nemo volta pra casa e adivinhem quem é a responsável por isso? Dory, é claro! Dá vontade de levar pra casa, não dá?"

POEMA

CHUVA FINA

Cleide Menezes


Dia sombrio... Chuva fina...
Coração partido, lembranças e saudades...
Lembro seu olhar e até o seu adeus!
Tristeza infinita bate na alma...
Sinto meus olhos encontrarem os seus;
Sinto seu corpo se encostar ao meu...
E a chuva fina se mistura à dor de dizer adeus!

EU TE AMO...

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!
Por Arnaldo Jabor
Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!
Arnaldo Jabor

terça-feira, 5 de julho de 2011

PAI COMEÇA NO COMEÇO


OBRIGADA MARIA HELENA! A MENSAGEM É LINDA !


PAI, COMEÇA O COMEÇO??...


"Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- “pai, começa o começo!”.” O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca,
o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre
acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante
da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim,
sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de
tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras.
Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos,
os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques
e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o
enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades
financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para
“começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho
da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir
ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me
ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me
garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”."
Autor: Desconhecido.

Interessantíssimo!!!!!


DOIDO E DOÍDO
- Por Jaqueline Cássia de Oliveira - Jornal Interagindo -
por Interação Sistêmica, sábado, 2 de julho de 2011 às 15:13
Qual foi a última vez que você ficou doido?
Pra você, esta pergunta parece coisa de “doido”?
Pode até parecer... Mas o que as pessoas não sabem é que podemos estar doidos sem ao menos termos noção disto. Diz o popular, que todo doido não sabe que é doido!
Saindo da brincadeira e falando de coisa séria, muitas vezes ficamos endoidecidos com tantas dores que sofremos: abandonos, traições, perdas, abusos, desvalorizações, pressões, cobranças... Pra cada dor que sentimos e não conseguimos tolerar, ficamos doídos e doidos. Ou seja, a dor pode ter sido muito difícil de tolerar ou vice-versa, a tolerância pra aquela dor ter sido muito pequena, que ficou difícil lidar com a realidade. Daí a criação de mundos paralelos que se apresentam pra cada um de uma forma.
“Cada doido com sua mania...”
Tem pessoas que entram num processo de compulsão, como forma de não fazer contato com aquela dor que lhe deixa doído. Compram muito, bebem muito, trabalham muito, comem muito. Tem aqueles que se deprimem, brigando com o real. Por exemplo, uma pessoa que não suporta a dor de ter sido traída e resolve brigar com a vida, como se estivesse dizendo: daqui pra frente também não faço mais nada !! Esta depressão pode manifestar de uma forma mental : rumina muito sobre o que aconteceu; fala repetidamente a todos sobre a injustiça que a vida lhe causou. A dor vira sofrimento e não acaba nunca. Tem outras pessoas que manifestam sua depressão ou briga com a vida, de uma forma muito emocional e infantil: choram muito, ficam frágeis demais, abandonando de vez a vida e o real. Tornam-se vítimas e dependentes, criando uma forma de viver ou sobreviver baseado na tristeza. Nutrem o sofrimento e nunca saem da dor.
O que fazer então pra lidar com as dores, sem ficar tão doído e doido?
Podando a nossa plantação de vaidade e orgulho e cultivando mais a humildade. A humildade nos leva a sermos somente “seres humanos” que estão nesta vida pra amar, ganhar, perder, sofrer, crescer, cair, levantar. A vida flui, pulsa, sobe e desce. Devemos entrar neste ritmo da vida e pra cada dor e descompasso, nos curvarmos humildemente, percebendo que é mais uma lição que faz parte do nosso processo evolutivo. A gente gostando ou não...
Quando a vida nos causa dor, claro que deprimimos, angustiamos e brigamos com o real e com a vida. O que não podemos é ficar neste embate permanente com a vida, querendo vencê-la. Tolice nossa... A vida é infinitamente mais poderosa!
Precisamos respeitar a vida e saber que realmente nós seres humanos quando não aprendemos através do amor, a dor vem e nos dá uma lição. Assim, a dor (nossa e do outro) serve pra nos chacoalhar, nos cutucar e nos empurrar pra frente. As pessoas que fazem bom uso de sua dor ficam doídas e doidas sim. Mas só por um tempo. Aos poucos ela passa a fazer bom uso dessa dor, criando, mudando, transformando, ajudando...E aí a dor cumpriu sua função.
Precisamos ser amigos de nossas dores, tanto quanto somos de nossas alegrias. Só assim a nossa dor e “doideira” se torna algo digno de ser visto e apreciado.
Não dizem por aí que o artista é o doido que deu certo?

Texto : Jaqueline Cássia de Oliveira dez/2006 (Informativo Interagindo)
Psicoterapeuta Familiar Sistêmica - Sócia-Titular da AMITEF/ABRATEF

domingo, 3 de julho de 2011

MÃES NÃO DESCUIDEM DE SEUS FILHOS

Distúrbios da leitura, escrita e aritmética

1- Introdução
Poppovic e Myklebust são os principais estudiosos dos distúrbios na leitura, escrita e aritmética apresentados neste trabalho. Eles defendem que a fala, a leitura e a escrita são um conjunto de comunicação que dependem um do outro para seu perfeito funcionamento, havendo então a falha de uma dessas funções, compromete o restante, ocorrendo os distúrbios funcionais da linguagem.
Pelos estudos realizados por estes estudiosos da linguagem, existem três meios de adquirir a linguagem: a auditiva, a visual e a escrita. Tendo como primeiro método para a aquisição da linguagem, o auditivo por ser mais fácil de ser adquirido pelas crianças, ou seja, ouvir-repetir.
Enfim, o distúrbio da linguagem não ocorre por um motivo, mas por vários, desde o auditivo até o esquema corporal desenvolvido pelas crianças. Defendem Poppovic e Myklebust os métodos de aquisição da linguagem. Trabalhando então Moraes mais com os esquemas corporais que auxiliam no desenvolvimento não só da linguagem como da aritmética e podem ser influenciados pelo meio.
2- A fala, a leitura e a escrita
Segundo Poppovic, "a fala, a leitura e a escrita não podem ser consideradas como funções autônomas e isoladas, mas sim como manifestações de um mesmo sistema, que é o sistema funcional de linguagem. A fala, a leitura e a escrita resultam do harmônico desenvolvimento e da integração das várias funções que servem de base ao sistema funcional da linguagem desde o início de sua organização".
O ser humano apresenta basicamente três sistemas verbais: auditivo (palavra falada), visual (palavra lida) e escrito. O primeiro que ele adquiriu foi o auditivo, porque é o mais fácil de aprender. A aprendizagem da fala, porém, requer o que Johnson e Myklebust chamam de linguagem interna: "... o significado da palavra precisa ser adquirido antes que as palavras possam ser usadas como tais. Para que uma palavra tenha significado, ela precisa representar uma determinada unidade de experiência. Os processos de linguagem interna são aqueles que permitem a transformação da experiência em símbolos". Ou seja, a criança deve ouvir a palavra, saber o significado dessa palavra e mesmo que ela não esteja vendo o objeto ou a pessoa que represente essa palavra, será capaz de evocar a sua imagem na memória. Ex.: a mãe solicita à criança que pegue a sua bolsa. Para que ela atenda a essa solicitação, já deverá ter adquirido o significado da palavra "bolsa" através da observação e da experimentação. Já deverá ter ultrapassado a etapa da compreensão desta palavra sem a presença do objeto.
Ao entrar para a escola, é esperado que a criança tivesse vencido as etapas de compreensão e expressão da palavra falada, para que na época de sua alfabetização ela possa estar apta a desenvolver os estágios superiores da linguagem, que são a leitura e a escrita.
3-Pré-requisitos para a aquisição da leitura e da escrita
A prontidão para aprender é considerada por vários autores como um nível suficiente de preparação para iniciar uma aprendizagem, ou uma capacidade especifica para realizar determinada tarefa.
Segundo Poppovic e Moraes, prontidão para alfabetização significa ter um nível suficiente sob determinados aspectos para iniciar o processo da função simbólica e sua transposição gráfica (leitura e escrita).
O preparo de início da leitura e da escrita depende da integração dos processos neurológicos e da evolução das habilidades básicas a seguir:
1. Percepção, pois a partir dos 3 anos a criança assimila conceitos sem ter necessidade de experimentá-las, pois sua percepção é formada pelas percepções aceitas socialmente, o que possibilita uma grande aprendizagem.Aos 5 anos com o aumento do vocabulário, a criança começa a abstrair e, aos 9 ou 10 anos, ela consegui trabalhar com as abstrações do pensamento de acordo com o desenvolvimento de seu sistema nervoso.Vale lembrar que na pré-escola todos os aspectos da percepção devem ser trabalhados (visualmente, auditivo, tátil, olfativo e gustativo).
2. Esquema corporal implica conhecer o próprio corpo (partes, movimentos, posturas e atitudes), sendo indispensável para a formação do eu, pois a criança percebe os outros e os objetos a partir da percepção que ela passa a ter de si. Com isso, o esquema corporal torna-se referência na aprendizagem, pois permite o equilíbrio corporal e ajuda a dominar os impulsos motores. Evitando nas crianças, a presença de problemas como orientação espacial e temporal, equilíbrio, postura, dificuldades de se locomover num espaço ou desobedecer aos limites de uma linha ou folha durante a escrita.
3. Lateralidade é a preferência neurológica por um lado do corpo (a mão, o pé, o olho e o ouvido). Esta é importante para desenvolver diferentes atividades, inclusive a leitura. Quanto a esta habilidade, existem indivíduos destros, canhotos e ambidestros. Podendo apresentar dificuldades de aprendizagem que surgem com mais constância ao tipo de grafia que a criança apresenta, a orientação espacial e a posturas inadequadas ao escrever frequentes naquelas que tem sua lateralidade indefinida e nos canhotos.
4. Orientação espacial temporal é muito importante que seja trabalhadonas crianças desde o início de sua vida escolar, pois a ausência desta noção de posição e orientação espacial no início da alfabetização causará inúmeros problemas na aprendizagem, como:
• Confusão de letras que diferem quanto à orientação espacial (b/d, q/p);
• Dificuldade em respeitar a ordem das letras nas palavras e frases;
• Incapacidade de locomoção dos olhos no sentido esquerdo - direito;
• Não respeita a direção horizontal do traçado na escrita;
• Não respeita os limites da folha;
• Esbarra em objetos e pessoas.
Do mesmo modo, a orientação temporal causará na criança:
• Dificuldade na pronúncia;
• Desconcordância verbal;
• Dificuldade no ditado;
1. Coordenação visomotora é a integração entre os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.Crianças que não conseguem coordenar o movimento ocular com o das mãos tem dificuldade nas atividades que necessitam da coordenação visomotora olho/mão. Na escrita, a criança não pode perceber por onde deve iniciar o traçado das letras.
2. Ritmo é o elo entre leitura e a escrita, onde a criança que sofre com a falta de habilidade rítmica, pode ter como consequência uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas. Na grafia, contribui para que a criança escreva duas ou mais palavra unida adicione letras nas palavras ou omita letras e silabas.
3. Análise e síntese visual e auditiva
É a habilidade que a criança precisa ter de visualizar o todo, dividi-lo em partes e depois juntá-las para voltar ao todo.
Ao ver uma palavra a criança decompõe e depois recompõe unindo suas partes. Na escrita, é preciso que a leitura venha antes, assim à palavra tem que ser ouvida, visualizada e escrita.
1. Na habilidade visual o correto é que acriança a desenvolva suas partindo de objetos conhecidos, discriminar seus detalhes e aos poucos ir apresentando as letras e as palavras. Esse papel é dever da pré-escola, que deve estimular os movimentos oculares da criança em todas as direções possíveis.
2. Nas habilidades auditivas é preciso estimular a memória auditiva que permitirá a retenção e a recordação do que a criança aprendeu, permitindo que ela faça a correspondência entre símbolo gráfico visualizado e o som correspondente.
3. Memória cenestésica, segundo Moraes é a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. Se, por sua vez, a criança tiver dificuldade de memória, não lembrará espontaneamente, das letras no ditado e na escrita espontânea, copiará com lentidão e fará as letras isoladamente.
4. Linguagem oral é o básico para a alfabetização, para a aprendizagem da leitura e da escrita.A alfabetização só deve ser iniciada depois que a criança é capaz de pronunciar corretamente dos sons da linguagem, isto por volta dos seis anos de idade. O vocabulário é também necessário para que a criança use palavras conhecendo seus significados pra que não apresente problemas na compreensão de textos.
4-Causas dos distúrbios de aprendizagem da leitura e da escrita
Diversas causas são atribuídas aos distúrbios de aprendizagem na área da leitura e da escrita que podem ser de ordem:
• Orgânica - alterações anatômicas e/ou fisiológicas; deficiências motora, sensorial ou intelectual; disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração.
• Psicológica – ansiedade; insegurança; pessimismo e auto-conceito negativo.
• Pedagógica - falta de estimulação dos pré-requisitos necessários à leitura e à escrita; falta de percepção do nível da maturidade da criança; atendimento precário por parte do professor devido à grande quantidade de alunos.
• Sócio-cultural – falta de estímulo na escola e no lar; desnutrição; marginalização das crianças que não aprendem pelo sistema de ensino comum.
• Dislexia

5- O processo de leitura
A leitura é a correspondência entre os sons e os sinais gráficos. Tal processo envolve a identificação dos símbolos impressos através dos órgãos da visão; a relação dos símbolos gráficos com os sons que eles representam e a compreensão e análise crítica do que foi lido. No início da leitura ocorre a decodificação, isto é, o envolvimento da diferenciação visual dos símbolos impressos e a associação entre a palavra escrita e o som. Ressaltamos a leitura emocional em que contam os sentimentos e as emoções com os quais o leitor se envolve. Por isso, a criança se envolve mais facilmente com um livro do que o adulto.
Na escola, o tipo de leitura mais comum é a intelectual, caracterizada pela rigidez da forma de apresentação. Então, para a criança adquirir os símbolos gráficos ela precisa ter uma perfeita integridade sensorial e a capacidade de diferenciar um símbolo do outro, atribuir-lhe significado e retê-lo. Por exemplo: a criança vai diferenciar o símbolo CASA de outros símbolos que ouve e vai associá-lo ao objeto. Dessa forma, torna-se capaz de recordá-lo ao falar com as pessoas. Se a criança não conseguir reter e integrar na sua experiência o que ouve e vê, pode-se esperar que ela manifestasse um distúrbio de leitura.
Precisa-se resgatar a prática da leitura por prazer. A criança aprende a ler lendo e não através de cópias exaustivas de uma palavra ou frase.
6- Distúrbios de leitura
As características que seguem podem estar presentes em crianças com distúrbios de leitura, mas não é necessário que todas elas sejam encontradas em uma única criança.Essa classificação é baseada nos estudos de Johnson e Myklebust.
No quesito memória, a criança apresenta dificuldade auditiva e visual de reter informações, ou seja, podem ter dificuldade de reconhecer os sons e as letras. Esse distúrbio de memória resulta de disfunções no sistema nervoso central.
Em orientação espaço-temporal, a criança não é capaz de reconhecer esquerda e direita. Quanto ao tempo mostram-se incapaz para conhece horas os dias da semana etc.
No esquema corporal, ela apresenta dificuldade para identificar as partes do corpo e não revelam boa organização na postura corporal.
Quanto à motricidade, algumas crianças têm distúrbios de coordenação motora ampla e fina. Elas caem com facilidade, não conseguem andar de bicicleta etc.
O distúrbio topográfico é a dificuldade que algumas crianças têm de compreender legendas de mapas, gráficos,globos e maquetes.
Na soletração, existem crianças que são incapazes de revisualizar auditivamente as letras, ou seja, têm dificuldade de soletrar.
• Na dificuldade na leitura oral
Os canais que estiverem recebendo a informação de maneira distorcida a criança apresentará distúrbios. A leitura abrange tanto a visão quanto a audição da criança. Se um desses dois meios de leitura estiver prejudicado a criança terá dificuldade na leitura.
• Na dificuldade de discriminação visual
Existem dois tipos de problemas referentes à discriminação visual, podendo ressaltar um defeito de visão ou uma incapacidade para diferenciar, interpretar ou recordar palavras devido a uma disfunção no sistema nervoso central. Entre essas dificuldades visuais pode-se citar:
- Confusão de letras ou palavras semelhantes
- Dificuldade no ritmo de leitura;
- Revisão;
- Dificuldade em seguir sequências visuais;
- Dificuldade de ler da esquerda para a direita;
- Adição;
- Omissão;
- Repetição;
- Substituição;
- Agregação.

• Na dificuldade de discriminação auditiva

Envolvem as dificuldades em discriminar os sons, especialmente aqueles que estão acusticamente muito próximos uns dos outros. Na leitura, as dificuldades mais frequentes são:
-Troca de consoante surda por sonora;
-Troca de vogal oral por nasal;
-Pontuação ausente ou inadequada;
-Elocução hesitante ou inexpressiva;
-Incapacidade para ouvir sons iniciais ou finais das palavras;
-Análise de síntese auditiva deficiente.
• Dificuldade na leitura silenciosa
Leitura silenciosa é o ato de ler frente a uma estimulação escrita,sem movimentar os lábios, usando apenas os olhos como elementos indicadores. As dificuldades mais comuns a esse tipo de leitura são:
- Lentidão no ler acompanhada de dispersão;
- Leitura subvocal, através da emissão ou não dos sons;
- Necessidade de apontar as palavras com lápis, régua ou dedo;
- Perda da linha durante a leiturachegando a ocorrer o salto da linha;
- Repetição da mesma frase ou palavra várias vezes.
• Dificuldade na compreensão da leitura

A compreensão da leitura pode acontecer em três níveis, como afirma Moraes:
Literal, que engloba a compreensão das ideias propostas no texto, Inferencial, que pressupõem a análise das ideias que não estão contidas no texto e Crítico, na comparação das ideias do autor.
As dificuldades de compreensão da leitura são ocasionadas por:
- Problemas relacionados à velocidade;
- Deficiência de vocabulário oral e visual;
- Utilização inadequada dos sinais de pontuação;
-- Incapacidade para seguir instruções, tirar conclusões e reter ideias.
• Dislexia
Agora, com mais detalhes vamos enfocar a dislexia como um distúrbio específico do indivíduo em lidar com os símbolos. As principais dificuldades apresentadas pela criança disléxica, de acordo com a Associação Brasileira de dislexia(ABD), são:
- Demora a aprender a falar, a fazer laços de sapato, a reconhecer horas, a pegar e chutar bola, e pular corda;
- Tem dificuldade para: escrever números e letras corretamente,para ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas;
- Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer cálculos;
- Apresenta dificuldade incomum para lembrar a tabuada;
- Sua compreensão da leitura é lenta;
- O tempo para se realizar as quatro operações aritméticas parece mais lento que o normal;
- Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesma;
- Confundem-se às vezes com instruções, números de telefone, lugares, horários e datas;
- Atrapalha-se ao pronunciar palavras longas;
- Tem dificuldade em planejar ou fazer redações.
O esforço em lutar contra isso pode levar a criança a sentir dores abdominais, de cabeça ou transtorno de comportamento. Em geral é considerado relapso, preguiçoso, desatento o que pode agravar sua situação emocional.
A motivação é muito importante para crianças disléxicas, assim ganham segurança e vontade de colaborar. Os professores que desejam ajudar compreendem que é necessário o encaminhamento para um tratamento e colaborar nesse tratamento.
• Sugestões para ajudar a criança disléxica:
- Estabelecer horários para refeições, sono, deveres de casa e recreações;
- As roupas devem ser arrumadas na sequência que ele vai vestir (simplificar usando zíper em vez de botão, sapatos e tênis sem cordão);
- Quando for ensinar a amarrar os sapatos, não fique de frente para criança; coloque-se do seu lado, com os braços sobre os ombros dela;
- Marque no relógio, com palavras, as horas das obrigações;
- Para as que têm dificuldade com direita e esquerda, uma marca é necessária. Isso pode ser feito com um relógio de pulso;
-Reforçar a ordem das letras do alfabeto, cantando e dividindo-as em pequenos grupos;
- Ensinar a criança a sentir as letras através de diferentes texturas de materiais, como papel, areia, etc;
- Ler histórias que se encontrem no nível de entendimento da criança;
- Instruir as crianças canhotas precocemente, para evitar posturas pouco confortáveis em tarefas, como cobrir o papel com a mão ao escrever;
- Providenciar para que a criança use lápis e caneta grossos, com película de borracha ao redor e que sejam de forma triangular;

7- O processo de escrita
O ato de escrever envolve o mecanismo e a expressão do conteúdo ideativo. Na escrita se estabelece uma relação entre a audição, o significado e a palavra escrita. Por isso quando a criança já tem o significado do objeto interiorizado, seu processo de escrita fica mais fácil. A escrita como representação da linguagem oral passa por diferentes estágios do desenvolvimento, que acabam sendo assim, a evolução gráfica da escrita é o resultado de uma tendência natural expressiva, representativa, que revela o seu mundo particular.
O desenvolvimento do grafismo passa pelos estágios pré-caligráfico, caligráfico e pós-caligráfico. Outros aspectos importantes que devem ser considerados no desenvolvimento gráfico são o desenvolvimento das habilidades de orientação espacial e temporal, desenvolvimento da coordenação visomotora, memória visual e auditiva e motivação para aprender.
8- Distúrbios da escrita
Existem basicamente três tipos de distúrbios na escrita que são as disgrafias, as disortografias e os erros de formulação e sintaxe. A disgrafia é a dificuldade em passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis.
A disortografia caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. Essa dificuldade não implica a diminuição da qualidade do traçado das letras.
Os erros de formulação e sintaxe trata-se de casos em que a criança consegue ler com fluência e apresenta uma linguagem oral perfeita, compreendendo e copiando palavras, mas não consegue escrever cartas,histórias e nem dar respostas a perguntas escritas em provas.Na forma comete erros que não apresenta na forma falada.Além disso,não consegue transmitir para a escrita conhecimentos adquiridos na linguagem oral.
9- Distúrbios de aritmética
É importante que os alunos superem as dificuldades de leitura e escrita antes de poderem resolver questões matemáticas.
• Discalculia
A discalculia é a dificuldade em aprender aritmética que pode ter várias causas: pedagógicas, capacidade intelectual limitada e disfunções do sistema nervoso central.

• Distúrbios de linguagem receptivo-auditiva e aritmética
A criança com uma desordem de linguagem receptivo-auditiva se sai bem em cálculos, mas é inferior no que diz respeito ao raciocínio e aos testes de vocabulário aritmético.

• Memória auditiva e aritmética
Há dois tipos de distúrbios de memória auditiva que inferem na matemática:
1º - Problemas de reorganização auditiva que impedem a criança de recordar números com rapidez; ela reconhece o número quando ouve, mas nem sempre consegue dizê-lo quando quer;
2º - A criança não consegue ouvir os enunciados apresentados oralmente e não é capaz de guardar os fatos, o que impede de resolver os problemas matemáticos propostos.

• Distúrbios de leitura e aritmética
As crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade para ler os enunciados dos problemas, mas são capazes de fazer cálculos quando as questões são lidas em voz alta.
Os distúrbios de percepção visual afetam o trabalho com números quanto à leitura (3 e 8 ou 6 e 9): as inversões e distorções de numerais devem ser observados pelo professor através da escrita do aluno.

• Distúrbios de escrita e aritmética
As crianças que têm disgrafia não conseguem aprender os padrões motores para escrever letras e números, mas conseguem compreender os princípios matemáticos.
Os distúrbios aritméticos podem ser encontrados nos mais diferentes graus, em crianças que apresentam incapacidade para:
- Estabelecer correspondência um a um (não relaciona o número de aluno de uma sala ao número de carteiras);
- Associar símbolos auditivos a visuais (faz contagem oral, mas não identifica o número visualmente);
- Compreender o princípio de conservação de quantidade (quem tem discalculia não é capaz de entender que um pacote de margarina de 1 quilo é o mesmo que quatro tabletes de 250 gramas cada);
- Executar operações aritméticas, bem como para compreender o significado dos sinais (+,-,*,/).
10-O professor e os distúrbios de leitura, escrita e aritmétic
O professor tem um papel importante, juntamente com a família, em relação ao diagnóstico e acompanhamento de crianças que apresentam problemas de aprendizagem específicos de leitura, escrita e aritmética.
Para poder identificar e ajudar na reeducação da criança, o professor deve conhecer as dificuldades que a criança enfrenta.
Após uma análise, o professor, junto com especialistas da educação, encaminhará a criança para um tratamento específico para sua deficiência.
11-Conclusão
Concluímos ao estudar os distúrbios da leitura, escrita e aritmética, que as funções existentes em nosso corpo para o desenvolvimento do ser humano e seu sistema de comunicação e localização espaço-temporal, não depende unicamente de uma função, mas sim do conjunto formado por todas elas.
Tudo funciona como uma corrente, que ao ser quebrada ou na falta de uma de suas argolas que representam nossas funções, desencadeia algum tipo de distúrbio, seja ele corporal ou linguístico.
Podemos perceber também que o meio influencia no comportamento e desenvolvimento da criança que é o público alvo deste estudo, sendo necessários uma extrema atenção da família, professores e todas as pessoas mais próximas às crianças, participando ativamente de seu desenvolvimento. Tendo estas o papel de detectar com uma maior facilidade alguma deficiência em sua formação corporal, comportamental e linguístico. Promovendo uma agilidade no tratamento de algum distúrbio detectado na criança observada, fazendo com que a mesma tenha uma maior probabilidade de um tratamento adequado, obtendo resultados positivos.
Enfim, o aprofundamento destes distúrbios apresentados neste trabalho, nos proporcionou a curiosidade na busca das causas nos tratamentos adequados para cada caso específico de distúrbio que foram aqui apresentados. Desta maneira instigou os participantes a pesquisarem em outros meios para manterem informados e compartilhar conhecimento quando necessário.

COMUNHÃO


Comungar muitas vezes
Se o mundo te perguntar por que comungas tão freqüentemente, deves responder-lhe que é para aprender a amar a Deus, purificar-te de tuas imperfeições, livrar-te de tuas misérias, procurar consolo em tuas aflições e fortificar-te em tuas fraquezas. Dize ao mundo que duas espécies de homens devem comungar muitas vezes: os perfeitos, porque, estando bem preparados, fariam muito mal de não se chegarem muitas vezes a esta fonte de perfeição, e os imperfeitos, a fim de aspirarem à perfeição; os fortes para não se enfraquecerem, e os fracos, para se fortificarem; os sadios, para se preservarem de todo contágio, e os doentes, para se curarem. E acrescenta que, quanto a ti, que és do número das almas imperfeitas, fracas e doentes, precisas receber muitas vezes o Autor da perfeição, o Deus da força e o Médico das almas.
Dize ao mundo que os que não se ocupam muito de negócios devem comungar muitas vezes, porque tem tempo, e os que têm muito que fazer, porque, carregados de muitos trabalhos e penas, tem necessidade do alimento dos fortes. Dize, enfim, que comungas freqüentemente para aprender a comungar bem; porque nunca se faz bem uma coisa em que raramente se exercita.
Comunga muitas vezes, Filotéia (Alma que ama a Deus), e tantas quantas puderes, debaixo da direção de teu padre espiritual, e crê-me que, se o corpo toma as qualidades do alimento de que se nutre habitualmente, como vemos nas lebres de nossas montanhas, que no inverno se tornam brancas, porque só vêem neve, e só comem neve, crê-me, digo, que, alimentando muitas vezes tua alma do Autor da beleza e da bondade, da santidade e da pureza, ela tornará a seus olhos toda bela e boa, toda pura e santa.

São Francisco de Sales
Texto tirado do livro Filotéia

EUCARISTIA

Amados!
Nós, em nossa fraqueza, costumamos medir todas as coisas, a partir de cálculos matemáticos. Mas o poder e a glória de Deus não se mede, nem se calcula, mas se vive e se experimenta. Através da oferta de nós mesmos, da nossa fraqueza, abraçamos o Mistério escondido, mas agora a nós revelado. Mediado pelo “verdadeiro profeta que devia vir ao mundo”, como nos relata o Santo Evangelho de hoje. A maneira como Deus quer manifestar o Seu Amor, ultrapassa, em muito, a nossa expectativa de compreender e acolher a ação amorosa de Deus, em nós. Pois os sinais apenas são setas que nos apontam... Mas se nós fixamos nosso olhar, e permanecemos nos sinais, esquecemos a realidade que os sinais quer nos comunicar. Aliás, a realidade que o sinal nos aponta, é a verdade que buscamos, ao ser-nos revelado. Deus Se manifesta na simplicidade e na harmonia, pois este é o jeito de Deus Ser, e Se comunicar conosco. Revelando A Sua Santidade, para nos santificar e salvar. “Dêem-te glória, Senhor, todas as tuas obras, e os teus santos te bendigam...” (Sl 144).
A atitude de Eliseu – profeta de Deus – é de plena confiança na ordem do Senhor, diante do limite da realidade natural. “E Eliseu disse: Dá ao povo, para que coma. E o seu criado respondeu-lhe: Que é isto para eu o pôr diante de cem pessoas? Eliseu disse outra vez: Dá ao povo, para que coma; porque eis o que diz o Senhor: Comerão, e sobejará” (2 Rs 4, 42c-43). Deus pode e quer fazer em nós, mas espera um coração disposto e uma vontade determinada, deixar com confiança, Deus agir... Contemplemos com o olhar da fé, realizar-se plenamente, a vontade de Deus em nossa fraqueza! Como narra para nós a profecia bíblica: “Pôs-lhos, pois, diante, comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor” (2 Rs 4, 44). A atitude do profeta Eliseu nos faz pensar no “praxismo e no eficientismo” dos tempos modernos. Onde, infelizmente, ressalta-se a doutrina do materialismo, que fecha as portas para a ação da graça, e do poder de Deus nas realidades quotidianas... Enquanto sabemos que, em tudo está a Mão de Deus, que providencialmente, não deixa faltar àqueles que n’Ele esperam e o invocam. Àqueles que humildemente voltam seu coração para Ele, com pleno abandono e confiança. Pois “Há um só corpo e um só Espírito, como também vós fostes chamados a uma só esperança pela vossa vocação” (Ef 4, 4).
Amados! Não nos iludamos pensar poder realizar, seja o que for, com nossas próprias forças! Pois sabemos que nada somos capazes de realizar, se Deus, assim não fizer em nós!... “Rogo-vos, pois, eu o prisioneiro no Senhor, que andeis dum modo digno da vocação; com toda a humildade e mansidão...” (Ef 4, 1-2a). Sim! Reconheçamos, amados filhos, necessitados da graça, pois ela é como um rio que irriga a secura do nosso coração, que anseia por permanecer na presença do Senhor - o Tudo das nossas Almas! Esta fonte jamais secará, pois sai do Trono de Deus e vem até aos nossos Altares. Com o desejo de sustentar nossa fraqueza, e nos Alimentar. Enquanto estivermos em peregrinação, e atravessarmos o longo deserto da nossa vida. Pois “Os olhos de todos esperam em ti, Senhor, e tu lhes dás o sustento em tempo oportuno” (Sl 144, 15). Invoquemos o poder da graça, através de uma vida de intensa oração (de modo especial o Santo Rosário), e de confiança no Senhor. Sim! Invoquemos a proteção da Sempre Virgem Maria, que num ato de fé simples - mas pleno do amor de Deus - deixou-Se conduzir por Ele. Para que Ele, n’Ela, pudesse realizar os Seus desígnios. Ajudai-nos e ensinai-nos ó Mãe, a acolher, com alegria, as Maravilhas que Vosso Filho quer realizar em nossas vidas, assim como realizou, plenamente, em Vosso Materno Coração! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
Virgem Mãe, com o bálsamo da Tua graça, venha em socorro da nossa fraqueza! “Se o mundo te perguntar por que comungas tão freqüentemente, deves responder-lhe que é para aprender a amar a Deus, purificar-te de tuas imperfeições, livrar-te de tuas misérias, procurar consolo em tuas aflições e fortificar-te em tuas fraquezas”
(São Francisco

PESQUISA

ATIVIDADES ESCOLARES NA NET

Santo Antônio do Monte
IMAC

 Picasa web.google.com.br
 Cantinho alternativo
 Cantinho da cris
 O prazer em aprender
 Anjinho de pijama
 Baú de idéias
 Algodão doce
 Picasa atividades escolares
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 Picasa educação inteligente
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 Picasa patrícia
 Arte na creche
 Cbpf.h/~ eduhq
 http://umportugues.com.br
 www.educare.pt/educare/user/http://wata-eh-
 [EDUHQ - Educação Através de Histórias em Quadrinhos e Tirinhas]
 http://picasaweb.google.com/mirian1018egal.blogspot.com/2009
 //planejamento -anual-lingua-portuguesa-2:
 http://luzimara-prazerdensinar.blogspot.com/
 http://www.o poder das emoções.com br
 www.santa teresinha.com.br/ei/links.htm
 Elizinharocha.blogspot.com
 www.edulinks.com.br/matemática



Muitos dos endereços possuem atividades de 2º ao 9º anos e de ensino médio.

Boa pesquisa e contem comigo no que eu puder.

Cleide menezes

PROJETO CALIGRAFIA - cleide menezes


PROJETO CALIGRAFIA

ESCOLA:
Turmas : 2º e 3º anos
Duração: agosto, setembro, outubro, novembro


I – JUSTIFICATIVA:

Existem dificuldades da leitura e escrita que estão relacionadas às causa pedagógicas. Isto quer dizer que, quando são usadas situações pedagógicas, que não possibilitam uma percepção ou, tampouco, um acompanhamento das ações educacionais o problema vai cristalizando e a criança fica sem o que chamamos de conhecimentos de base. Sem eles se torna impossível acompanhar as atividades e os conteúdos escolares, pois a seqüência didática se perde.
Portanto a razão de tal projeto, resgatar de maneira prazerosa a forma correta do traçado da letra e da escrita, fixando e generalizando conteúdos.
II – OBJETIVOS:

- Conhecer os diferentes tipos de textos de forma simples e atrativa.
- reaprender com prazer a escrita correta, o uso correto do lápis, do caderno e a postura adequada do corpo.

III – DESENVOLVIMENTO:
- comprar o caderno azul de caligrafia, encapar e ornamentar capa.
- Definir com as crianças os dias da semana e os tipos de texto, por exemplo:
2ª feira Poema
3ª feira Fábula
4ª feira Notícia
5ª feira Receita de comida saudável
6ª feira Grupos de palavras ( ch, cl , lh, etc...) ou lenga lenga ( onde está o toucinho que estava
aqui ? Gato comeu.)

- A professora escolhe o aluno que vai trazer o texto como acharem melhor: ordem alfabética, mesinhas, masculino/ feminino, etc... para cada dia da semana.
-Risca o quadro e escreve junto com os alunos o texto, explicando:
Natureza do texto
Talho da letra
Postura correta do corpo, caderno e lápis.
Leitura e interpretação oral.

IV – Avaliação:
Ao final de cada quinzena, exposição dos melhores cadernos.
Valorização do caderno ou a critério de cada professor.

Bilhete para os pais:

SENHORES PAIS,

A equipe pedagógica da EM. decidiu elaborar um projeto que resgatasse o prazer de ler e escrever para todos os alunos de 2º e 3º anos. Precisaremos no 2º semestre do caderno
azul de caligrafia, com capa ornamentada por eles.
A cada dia pediremos um tipo de texto. Por favor, estejam atentos e valorizem o trabalho de seus filhos. Grata,
Equipe Pedagógica

ORTOGRAFIA FÁCIL

As duas faces da ortografia
Trabalhar de forma específica com o ensino das regularidades e irregularidades auxilia os alunos do 1º ao 9º ano a refletir sobre a ortografia
Thais Gurgel (thais.gurgel@abril.com.br) (novaescola@atleitor.com.br)

Aluna faz anotações durante a leitura de um texto
A ortografia é uma convenção social criada para facilitar a comunicação escrita: dominando-a, temos uma forma comum de escrever cada palavra – incluindo as que têm mais de uma opção de letra correspondente a determinado som. No caso dessas últimas, a grafia pode ser dividida entre palavras que obedecem a regularidades (em que o conhecimento de uma regra permite antecipar como ela deve ser escrita, até mesmo sem conhecê-la) e as irregularidades (que não seguem qualquer princípio explicativo que justifique sua notação). Para que as crianças dominem a ortografia, você precisa propor um trabalho em duas frentes. No caso das regularidades, o mote é a observação e a reflexão sobre elas. Entre as irregularidades, o caminho é trabalhar estratégias para a memorização da grafia das palavras de maior uso. "Antes se aprendia que ‘se escrevia assim’ e se decorava simplesmente a ortografia. As regularidades nunca eram explicitadas”, explica Egon de Oliveira Rangel, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
O primeiro passo do trabalho é realizar um diagnóstico do domínio da ortografia pela turma. Seja nos grupos dos anos iniciais – quando as crianças já estão alfabéticas – ou do Ensino Fundamental 2, é preciso analisar quais são os erros que aparecem na escrita de boa parte dos alunos e com que frequência essas palavras são usadas em suas produções cotidianas. Levantamento feito, é hora de planejar a sequência didática.

Abaixo, destacamos algumas dúvidas comuns sobre o ensino da ortografia e seu planejamento. Artur Gomes de Morais, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do livro Ortografia: ensinar e aprender – uma das grandes referências bibliográficas na área – é quem ajuda a resolvê-las. Confira!


Quais são as regularidades da ortografia?
Existem dois tipos nas correspondências fonográficas que todo professor deve conhecer. A primeira é a chamada regularidade contextual, que engloba as palavras cuja grafia é definida pela localização do som dentro da palavra (saber que é preciso grafar RR em “carro” para marcar um som de R forte entre duas vogais, por exemplo, ou que “tempo” se escreve com M e não com N, pois a letra seguinte é um P, etc.). A segunda é a regularidade morfológico-gramatical, onde se encaixam as palavras cuja grafia é ligada à sua natureza gramatical (como o uso do Z e não do S nos substantivos “realeza” e “beleza”, que são derivados de adjetivos; ou do SS e não do S ou do C em “falasse” e “partisse” por serem flexões de verbos no imperfeito do subjuntivo).

Como trabalhar com elas?
Embora tenham regularidades de naturezas diversas, o trabalho com os dois tipos de regras segue uma lógica comum. Primeiro, proponha a observação de um grupo de palavras – em atividades diversas – para que observem se há regularidades em sua escrita. Depois, a turma discute o que observou e encontra uma maneira de explicá-las. Com a explicitação das regras feita coletivamente, é hora de registrá-las por escrito, para que todos possam consultá-las quando necessário. Nessa perspectiva, as regras ortográficas são “elaboradas” pela própria turma, já que é ela que determina o que há de comum entre as palavras observadas e de que maneira transformar o observado em uma sentença a ser registrada. “Temos pesquisas com tratamento estatístico cuidadoso demonstrando que o ensino que promove a tomada de consciência das questões ortográficas é muito superior ao ensino tradicional – que leva apenas a memorizar ou preencher lacunas, de maneira repetitiva”, diz o especialista da UFPE. “Sem falar na ausência de ensino de ortografia que, infelizmente, ainda ocorre em muitas salas de aula do país.”

Quais são as melhores atividades na área?
Em suas pesquisas, Morais chegou a algumas propostas de atividades. De forma geral, pode-se falar em trabalhos com textos e com palavras fora de textos. No primeiro caso, em ditados, releituras ou reescritas, a ideia é que você chame a atenção dos alunos para as palavras que julga constituir “desafios ortográficos”, interrompendo a atividade para discussões coletivas sobre a grafia dessas palavras. A outra linha, com palavras “soltas”, tem como propostas jogos em que as crianças devem relacionar cartelas com palavras que sigam a mesma regra ortográfica (“carro”, “sorriso” e “espirro”, ou “careta” e “clarão”), desafios de encontrar em revistas e jornais palavras que se encaixem em grupos com uma determinada característica ortográfica, entre outras atividades. Há ainda o recurso de propor a escrita propositalmente errada de palavras cuja ortografia siga uma regularidade: “Para fazê-lo, a criança precisa conhecer a grafia correta”, diz Morais. “O ideal é que ela vá, junto com os colegas, verbalizando, discutindo e escrevendo as regras que justificam o fato de aquelas palavras terem que ser escritas assim.”

E quanto às irregularidades na ortografia? Como trabalhá-las?
No ensino das palavras irregulares, o princípio é diferente, já que sua grafia não se orienta por regra alguma. “Nesses casos, não há muito o que compreender, é preciso memorizar”, explica Artur Gomes de Morais. “Quem não é especialista em filologia não tem que saber que tal palavra tem origem em tal vocábulo latino, ou grego, ou mesmo que é uma palavra de origem indígena.” A saída nesses casos é consultar modelos – locais onde sabemos que determinada palavra está escrita da maneira correta – e usar o dicionário (que envolve conhecer a forma como as palavras estão nele organizadas e como procurar um termo flexionado, por exemplo). Você pode também combinar com a turma a produção de uma pequena lista de palavras de uso frequente que eles devem memorizar para não mais errar.

Como organizar tudo isso no planejamento?
Embora o trabalho com ortografia deva se pautar sempre pelo diagnóstico de cada turma, certas dificuldades costumam aparecer antes. De início, é comum surgir dúvidas sobre palavras com regularidades contextuais (os famosos usos do R, por exemplo). Só mais tarde começa a ser uma questão para os pequenos a forma como se escrevem palavras com regularidades do tipo morfológico-gramatical. “Uma regra envolvendo o SS do imperfeito do subjuntivo, como na palavra “cantasse” tende a ser mais difícil de ser observada que a regra que explica quando escrevemos com G ou GU”, afirma Morais. “Não só porque a primeira regra envolve uma consciência morfo-gramatical, mas porque, no cotidiano, escrevemos menos vezes palavras no imperfeito do subjuntivo que palavras onde aparecem as letras G ou GU com o som de “guê”.”

Com isso, de forma geral pode-se dizer que as palavras de regularidade contextual (como o uso do M antes de P e B) e aquelas com ortografia irregular, mas de uso frequente (como “homem” ou “hoje”), podem ser trabalhadas antes do que as de regularidade morfológico-gramatical (o uso do Z em “pobreza”) ou as irregulares de pouco uso. Afinal, o que se quer é que as turmas possam se comunicar sem o “ruído” dos problemas de ortografia em suas produções, certo?