Leonardo
Mascaro
Meditação high-tech
Apontado como o pioneiro no que se entende por neurofeedback no Brasil, o
psicólogo Leonardo Mascaro vem obtendo expressivos resultados clínicos com o
auxílio de modernas tecnologias aliadas a técnicas de meditação
Por Fernando Savaglia Fotos: Fabio Hurpia
|
Fernando
Savaglia é jornalista tem formação em Psicanálise e escreve para esta
publicação
|
As últimas duas décadas foram extremamente férteis no que
diz respeito às descobertas sobre o funcionamento do mais complexo sistema de
processamento integrado de dados da natureza: o cérebro humano.
Seja no que se refere à sua fisiologia ou anatomia, a
Neurociência vem se beneficiando cada vez mais de modernas tecnologias em busca
desse entendimento.
Na prática, esses avanços permitiram a psiquiatras e
psicoterapeutas atualizarem abordagens clínicas, abrindo uma nova gama de
possibilidades na busca de como conter as psicopatologias.
Autor do livro A arquitetura do eu – Psicoterapia,
meditação e exercícios para o cérebro e criador do primeiro sistema
de Psicoterapia baseado em treinamento neurológico no mundo – a
Neuropsicoterapia – o psicólogo Mascaro Mascaro vem obtendo expressivos
resultados agregando à sua prática clínica treinamentos por meio de
neurofeedback. Seu objetivo é resgatar e normalizar as atividades elétricas do
cérebro a partir da normalização das frequências e amplitudes das ondas de
transmissão (Delta, Theta, Alfa e Beta) geradas no córtex cerebral.
Utilizando modernas tecnologias, como filtros digitais
para detectar padrões patológicos, o trabalho do psicólogo pós-graduado pelo
Núcleo de Neurociências e Comportamento da Universidade de São Paulo (USP) pode
ser considerado pioneiro no Brasil no campo de neurofeedback. A tecnologia
empregada em suas pesquisas e atendimentos vem comprovando também, de maneira
categórica, os benefícios que a meditação é capaz de provocar na fisiologia e
no psiquismo das pessoas.
Para Mascaro, à medida que avança, a neurociência vem
desmistificando antigos paradigmas. “Este conhecimento está mostrando que não
estamos tão à mercê do nosso inconsciente como achávamos e que é possível, sim,
nos libertarmos de certas prisões que formamos ao longo de nossa vida”.
Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva concedida à Psique
Ciência & Vida pelo terapeuta em seu consultório no bairro do Jardim
Paulista, na região oeste de São Paulo.
Psique – Como
funciona a terapia com o sistema de neurofeedback?
Mascaro – O neurofeedback surgiu do
entendimento de que se é possível treinar as ondas cerebrais. Hoje sabemos que
a partir do momento em que você toma consciência de um evento no seu corpo você
é capaz de modificá-lo. Tenho acesso aos dados relativos à atividade elétrica
do cérebro do paciente, a partir de eletrodos dispostos sobre seu couro cabeludo.
Estes dispositivos são conectados a uma interface, que faz a transformação
deste sinal para o computador ler e me apresentar os resultados na tela. A
vocação do córtex, por exemplo, é gerar frequências Beta. Quando você
identifica uma área de funcionamento de alta amplitude fora deste padrão, há a
condição de saber o que está acontecendo e que frequência tem de treinar para
dar condição àquele cérebro de sair do padrão funcional equivocado e voltar ao
adequado. A partir daí, estabeleço critérios de feedback, isto é, do que
vou treinar. O cérebro entra num jogo e recebe sinal positivo toda vez que
produz atividade dentro do que estabeleci. No estresse pós-traumático, por
exemplo, a frequência Alfa da região temporo-parieto-occipital,
normalmente estará entre 15 e 20 mV (microvolts), quando o normal seria entre 5
e no máximo 10 mV. Com o treino diante da tela o paciente recebe um sinal
sonoro toda vez que produz menos do que 10 mV. Aí, a ansiedade automaticamente
começa a diminuir, e aos poucos o cérebro começa a “aprender”.
"A meditação é uma das coisas mais
sérias
que já se descobriu ou se produziu em
termos do conhecimento humano"
|
Psique –
Pode-se dizer que você acaba normalizando as funções por condicionamento?
Mascaro – Sim. É fantástico observar que no neurofeedback não é
preciso ter a plena consciência do que se está fazendo, apenas é necessário
aprender o caminho para repetir o padrão. É possível fazer uma comparação com o
dirigir. Você sabe quais são as conexões sinápticas do ponto de vista sensório
e motor para se ter a condição de guiar um carro? Na verdade, você nem pensa na
hora de trocar a marcha, pisar no freio, etc. O cérebro aprende desde que ele
tenha uma informação adequada para isso. No caso, ele recebe a informação do
que ele está fazendo e passa a modificar ele mesmo esta atividade. No início, o
padrão patológico se sobrepõe aos exercícios sugeridos. Na fase seguinte, é
interessante notar que em todo começo de sessão ainda aparece o padrão antigo e
prontamente o cérebro reconhece o treino, até que chega o ponto em que se liga
o equipamento e o cérebro já está no padrão desejado. Uma vez que o cérebro
aprende, o paciente é liberado.
Psique – Em
seu livro você afirma que seu trabalho vem confirmando que patologias de origem
psíquica muitas vezes são, na verdade, padrões intervenientes na fisiologia de
nossos neurônios agindo em nosso cérebro...
Mascaro – Sim, e o mais interessante é que, pelas minhas
observações, algumas psicopatologias se originam, por exemplo, por anóxia no
parto, pancadas, traumas, lesões, etc., e se estes comprometimentos existirem é
possível verificar diretamente a partir da leitura da atividade neurológica do
paciente.
Psique –
Todo comprometimento psíquico vai gerar, como você descreve no livro, uma
“assinatura” cerebral?
Mascaro – Depressão, ansiedade, déficit de atenção, pânico,
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), além de enxaquecas, derrames,
traumatismo cranioencefálico com ou sem exposição do encéfalo, etc., cada um
destes comprometimentos funcionais psíquicos ou físicos tem uma assinatura
neurológica própria e averiguável no eletroencefalograma (EEG).
Meditação no laboratório
|
O trabalho do psicobiologista
Maxwell Cade, da Universidade de Londres, foi determinante no desenvolvimento
do processo de neurofeedback como o conhecemos hoje. No início dos anos 1970,
Cade, que já praticava meditação há muitos anos, empreendeu extensa pesquisa
com swamis, yogues e monges budistas, no intuito de entender o que acontecia
na fisiologia destes meditadores. Com o auxílio do equipamento de
eletroencefalograma (EEG) que acabou desenvolvendo, o Mind Mirror, Cade pôde
apontar um caminho para aperfeiçoar o processo, traduzindo para uma linguagem
científica aquilo que até então era entendido apenas dentro de uma
interpretação espiritual.
Uma de suas discípulas, Anna
Wise, (com quem Mascaro obteve sua formação), deu continuidade ao seu
trabalho, sendo hoje considerada uma das maiores autoridades mundiais em
pesquisas sobre meditação por neurofeedback.
Para a identificação de padrões
neurológicos patológicos e seu tratamento por treinamento neurológico,
Mascaro utiliza, em seu consultório, um equipamento de EEG que, por também
fazer uso de filtros digitais, permite ler e apresentar, ao cérebro do
paciente, num intervalo de milésimos de segundo, sua própria atividade,
condição necessária para que o treinamento possa acontecer.
|
Psique –
Estas assinaturas revelam o uso de medicamentos também?
Mascaro – Sim. No caso de depressão, por exemplo, a assinatura
neurológica vai estar lá, porém com a amplitude do sinal mais baixo. A
medicação não cura, ela suprime a atividade. O que vai resolver de fato é o
treinamento neurológico. Não estou dizendo que a pessoa não deva ser medicada
num estado agudo. Mas é preciso tirá-la do estado crônico de atividade. O
cérebro perpetua padrões.
Psique –
Como você trabalha com pacientes que sofrem de depressão?
Mascaro – Todo depressivo necessariamente tem uma queda de
atividades nos lobos frontais. O lobo frontal esquerdo é o processador de
emoções positivas; o direito é responsável pelas emoções negativas e regulação
da expressão de ambas. Se você tem uma queda de atividade, isso vai gerar um
atrofiamento cortical da região. No sistema de feedback trabalhamos a
depressão em conjunto, isto é, os lobos frontais e as glândulas hipófise e
pineal. Se você exercitar adequadamente a hipófise vai produzir uma maior
atividade em áreas límbicas de processamento emocional, com outro perfil de
atividade e feedback com o córtex.
Psique – O
uso do equipamento garante, então, um diagnóstico mais preciso?
Mascaro – Com certeza. Trabalho, por exemplo, com várias crianças
indicadas por colégios para tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção
(TDAH). Com o equipamento, meço T4, C4, T3 e C3, que são áreas motoras. Por aí,
terei uma amostra do que está se passando no todo. Pela assinatura neurológica
já posso fazer um diagnóstico diferencial: se estou diante de um caso de
déficit de atenção geneticamente determinado ou se o processo teve origem numa
anóxia no parto, por exemplo. A assinatura é muito clara, não fico apenas no
aspecto clínico, a partir de sintomas. A uma dessas crianças, diagnosticada
pelo psiquiatra como portadora de TDAH, foi prescrito o uso de Ritalina. Na
hora que liguei o equipamento no garoto percebi, pela assinatura neurológica,
que houve problemas de anóxia no parto, o que acarretou comprometimento dos
lobos frontais. Neste caso, a Ritalina só vai piorar, e muito, o quadro.
Leonardo
Mascaro
Meditação high-tech
Apontado como o pioneiro no que se entende por neurofeedback no Brasil, o
psicólogo Leonardo Mascaro vem obtendo expressivos resultados clínicos com o
auxílio de modernas tecnologias aliadas a técnicas de meditação
Por Fernando Savaglia Fotos: Fabio Hurpia
Psique – O
próprio cérebro não se encarrega de fazer a substituição de neurônios das áreas
comprometidas por lesões?
Mascaro – Quando há uma lesão neurológica, seja lá qual for, o
cérebro começa a produzir novos neurônios nas áreas límbicas, como o septo, o
hipocampo, etc. Estes neurônios começam a migrar, só que a natureza deles é
Theta, uma frequência mais lenta que Beta. Se levarmos em conta que a área de
comprometimento já está lentificada, então a reposição destes neurônios vai
perpetuar o problema. O que é preciso fazer é treinar a área para lhe dar
possibilidade de ter outro comportamento. O que se vê nestes casos são as áreas
vizinhas da comprometida, em fast Beta, tentando acelerar o processo.
Psique –
Você acredita que com o avanço das descobertas da Neurociência, a terapia por
palavras vai perder sua força?
Mascaro – A terapia por palavras pode produzir modificações no
cérebro também. Porém acredito que existam formas de aprimorar os processos
dando ao cérebro do indivíduo a oportunidade de superar algumas travas
funcionais que de outra forma seriam muito difíceis de serem trabalhadas, com o
objetivo de abrir os canais de comunicação entre o consciente e subconsciente,
assim como permitir mudanças tanto funcionais quanto estruturais. Quando áreas
do cérebro até então adormecidas são despertadas, os neurônios começam a
produzir prolongamentos para a formação de sinapses. Isto é da natureza humana.
Psique – No
seu livro você ensina exercícios para estimular a hipófise a partir do
direcionamento da concentração para ela. Apenas isso basta para estimulá-la?
Mascaro – Sim. Concentração é uma reunião de forças e a atenção é
uma delas. A atenção lhe dá a condição de permanecer em algo. Quando você faz
isso, o tecido neurológico responde e é percebido por uma pulsação na área. De
olhos fechados é possível comprovar este processo. Se você se concentra nessa
pulsação, assume o comando dela e passa a controlar seu ritmo e sua
intensidade. Ao fazer isto de maneira consciente, vai estimular a hipófise a
produzir hormônios fundamentais que participam também dos processos de
neuromodulação.
"Quando áreas do cérebro até então
adormecidas são despertadas, há um processo neural natural.
Isto é da natureza humana"
|
Psique –
Pacientes com comprometimentos resultantes de lesões ou acidente vascular cerebral
podem se beneficiar do neurofeedback?
Mascaro – Sim. Hoje
40% da minha agenda é dedicada a estes pacientes. É possível fazer um trabalho
de resgate de funções neurológicas. Atendo um rapaz que sofreu um acidente de
carro que o deixou com graves sequelas motoras. Em dez meses atingimos
resultados fantásticos a ponto da fonoaudióloga que o atende querer conhecer
mais sobre o neurofeedback
Psique – Suas pesquisas apontam a meditação
como uma prática muito benéfica para a fisiologia e o psiquismo do homem.
Existem inúmeras técnicas de meditação conhecidas. Todas surtem o mesmo efeito?
Mascaro – Quando falamos em meditação as pessoas têm a tendência de
confundi-la com a técnica em si. Técnicas existem inúmeras. Mas a meditação
propriamente dita, não é uma técnica e sim um estado de consciência que emerge
a partir de uma configuração elétrica bastante específica de atividade
cerebral. Estamos falando de uma atividade que vai influir no nosso sistema
neurofisiológico. A meditação atua primordialmente sobre a atividade do córtex,
onde estão os corpos celulares de neurônios, responsáveis pelo processamento da
informação no cérebro. Nestes estados de atividade cortical, o estado de
consciência que emerge permite acessar conteúdos enraizados nas profundezas do inconsciente.
Psique – O
indivíduo, quando medita, gera que tipo de frequência cerebral?
Mascaro – Alfa e Theta em alta amplitude. Porém é
importante frisar que algumas psicopatologias como depressão, ansiedade, TOC,
dentre outras, apresentam frequências em Delta, Theta e em Alfa.
Você pode me perguntar se isso não seria um contrassenso. Na verdade, para eu
estar em meditação, as frequências têm de estar sendo produzidas de maneira
integrada à atividade cortical. Quando o córtex é prisioneiro de frequências
lentas, que não deveriam estar ali, isso vai gerar uma assinatura de patologia.
Tenho como averiguar se aquela frequência Theta, em alta amplitude, está
sendo comprometedora no que se refere ao funcionamento do cérebro ou levando o
indivíduo a um alto desempenho em razão da meditação.
"È preciso tirar as pessoas do estado
crônico de atividades cerebrais patológicas.
O cérebro perpetua padrões"
|
Psique – Os
aparelhos de neurofeedback podem aperfeiçoar o processo em busca de uma
meditação com efeitos mais efetivos?
Mascaro – Sim. Estes equipamentos de neurofeedback podem acelerar o
processo que antes durava anos ou décadas. Quando você ia treinar com um
instrutor ou mestre, na verdade o que acontecia era uma longa sequência de
trabalhos mentais para se atingir esses estados. Alguns Swamis (veja
glossário) como Satyananda Saraswati, da Universidade de Yoga em Bihar na
Índia, usam aparelhos de neurofeedback para treinar seus discípulos. Ele encara
o feedback como um passo importante no que se refere à tecnologia
aplicada ao treinamento da meditação.
Psique –
Muita gente ainda atribui à meditação um caráter místico...
Mascaro – É verdade, até porque a meditação entrou no ocidente muito
atrelada a práticas alternativas e ao movimento new age. Mas a meditação é uma
das coisas mais sérias que já se descobriu ou se produziu em termos do
conhecimento humano. Erroneamente, também se criou o mito de que meditação é
entrar em estado Alfa. Quando se começou a perceber que meditação
produzia um aumento de Alfa, as outras frequências também presentes não
foram notadas. Se você produzir só Alfa, vai estar num relaxamento
profundo e só. O trabalho do cientista britânico Maxwell Cade (Veja quadro Meditação
no laboratório) mostrou que, além de Alfa, existia também Theta.
É aí que se encontra todo seu material emocional profundo e sua criatividade. Alfa,
na verdade, permite a Beta (nosso consciente) acessar nosso inconsciente
em Theta.
Psique – É
possível apontar um padrão das frequências cerebrais das pessoas que habitam
uma grande cidade, com todos os desafios da vida moderna como a que vivemos?
Mascaro – Infelizmente, o resultado obtido com a maioria das pessoas
no equipamento apresenta um padrão que chamo de ampulheta. Muito Beta e
lá embaixo muito Delta, com estrangulamento de Alfa e Theta.
Isto demonstra que as pessoas estão num racional exacerbado, sem nenhum acesso
ao seu emocional. As frequências Delta funcionam como um radar, gerando
um estado de constante atenção e são muito comuns em pessoas que sofreram algum
trauma. Pode-se dizer que elas estão desconectadas de si mesmas.
Psique –
Você é meditador?
Mascaro – Há muitos anos. Hoje pratico uma meditação que trabalho
muito em consultório, conhecida como Mente Desperta. Ela é, na verdade, um
treinamento de ondas que você aprende a reconhecer a partir de estados
interiores que se correlacionam com configurações elétricas no cérebro. O
treinamento consiste em produzir uma configuração específica ao se agregar as
frequências Alfa e Theta, características em estados meditativos, à Beta, que é
a frequência de nossa consciência desperta comum. Em Beta, você encontra sua
interface para o mundo. Quando você consegue associar seu estado de meditação a
ela, pode-se dizer que tem a mente dos Swamis e Yogues. Aliás, todo o treinamento
deles é voltado para atingir esta configuração.
Psique – Os
praticantes de yoga também sofrem alterações em suas frequências cerebrais?
Mascaro – Muitas pessoas que praticam o yoga acreditam que os asanas
(veja glossário) por si só são suficientes. Mas não. O yoga pressupõe a
meditação como uma sequência natural e vai trabalhar o sistema nervoso
simpático e o parassimpático. Ativa e relaxa, estende, alonga e relaxa. Isso
vai fazer que os sistemas nervosos simpático e parassimpático se equilibrem. Esse
equilíbrio modula as frequências cerebrais corticais. Vai criando um nível de
coerência cortical que antes não existia. O silenciar da mente já provoca uma
redução de Beta e você também desenvolve a concentração. No yoga, a
concentração é dharana (veja glossário) e meditação é dhyana
(veja glossário); tanto pode entrar em meditação treinando dharana quanto,
treinando dhyana, chegar a dharana. Um leva ao outro.
Psique –
Qual é a característica de funcionamento dos cérebros das pessoas que estão
vivenciando experiências descritas como o samadhi na tradição hinduísta ou o
satori da tradição zen-budista?
Mascaro – Existem diferentes níveis de samadhi (veja glossário). O
primeiro nível correlaciona com o que Maxwell Cade (veja quadro Meditação no
laboratório) descreveu como sendo Mente Desperta. Quando se produz alta
coerência cortical neste nível, você promove um estado de atividade em que a
membrana neurológica vira um condutor como se fosse cristal líquido. Aí, as
informações são transmitidas a partir de pulsos de luz. É possível dizer que
são estados quânticos de atividade cerebral. São estados que nunca serão
visíveis em estudos com ratos em laboratórios, por exemplo. Por isso é tão
complicado para o meio acadêmico aceitar essas realidades. Só que estamos falando
de estados diferenciados de atividade cerebral. Na verdade, estamos falando de
potenciais neurológicos que não foram plenamente manifestados e compreendidos
ainda.
Glossário
|
– Swamis – Distinção
dentro do hinduísmo para religiosos que possuem domínio sobre a própria
mente.
– Asanas – Os exercícios propostos pelo yoga visando regular o sistema
fisiológico do praticante.
– Dharana – A concentração que precede o estado meditativo no yoga.
– Dhyana – A técnica meditativa do yoga.
– Samadhi – Para os hindus, é um estado alterado de consciência que
propicia êxtase alcançado por meio da meditação.
– Satori – Na tradição budista seria o equivalente ao Samadhi, sendo
que alguns autores se referem à palavra para designar o estado de iluminação.
|