quarta-feira, 8 de abril de 2015

MUDANÇAS NECESSÁRIAS





Como mudar a sua atitude quando você não puder mudar a sua situação
Às vezes, mudar as suas circunstâncias físicas não é possível – ou não é possível no tempo necessário, ou você pode querer uma mudança menos drástica, mas você ainda quer ser mais feliz. Você não pode arranjar um novo emprego imediatamente ou você topa regularmente com aquele amigo que faz você se sentir mal, que opções lhe restam?
Mude sua percepção, crença ou opinião sobre a situação – isso vai ajudá-lo a mudar de atitude.
O filósofo grego Epiteto disse a mais de 2.000 anos atrás: “As pessoas ficam perturbadas, não pelas coisas que acontecem com elas, mas pelos princípios e opiniões que elas formam sobre aquelas coisas. Quando estamos inviabilizados, ou perturbados, ou tristes, não devemos responsabilizar os outros, mas a nós mesmos; isto é, aos nossos próprios princípios e opiniões”.
A ciência comportamental moderna concorda! O psicólogo americano Albert Ellis, famoso por desenvolver a terapia de comportamento racional emotiva, explicou que o modo “como” as pessoas reagem aos eventos é determinado em grande parte pela sua “visão” dos acontecimentos, e não pelos próprios acontecimentos.
Alguma ideia de como mudar a sua percepção – e melhorar a sua atitude? Aqui estão cinco maneiras fáceis para começar:
1. Admita para si mesmo que você não está feliz.
Você não pode mudar nada se não estiver ciente do que precisa ser mudado. Pare o ciclo de desejar que as coisas mudem e assuma o controle dos seus pensamentos e reações a eventos e pessoas.
2. Tenha em mente que o otimismo é uma escolha.
Você não nasce com uma atitude positiva ou negativa. É algo que você se torna através de suas experiências. Pouquíssimas situações são completamente ruins. Sempre tente levantar alguns pontos positivos de qualquer situação difícil e anote-os para que você possa se lembrar deles.
3. Use palavras positivas.
Use afirmações como: “Estou esperançoso” ou “Vamos encontrar uma solução” ao longo do dia. As palavras que você usa quando fala, tem um grande impacto na sua atitude e perspectiva emocional.
4. Passe seu tempo com amigos que te deixam feliz.
Tente cercar-se com amigos que exalam energia positiva. Preste atenção nas palavras que eles usam quando falam com você sobre o seu dia. Você vai se surpreender sobre como é simples determinar se eles são uma influência positiva ou negativa.
5. Diga uma afirmação diariamente.
Encontre uma citação que seja significativa para você e diga em voz alta todas as manhãs. Por exemplo: “Algo grande vai acontecer hoje”. Eu sei que isso soa um pouco “Zen”, um pouco místico, mas na verdade é um método muito simples e eficaz para reciclar sua mente subconsciente – e tem base científica.
Então, da próxima vez que você se deparar com uma situação desafiadora, lembre-se destas dicas para moldar a sua percepção – e melhore a sua atitude. Você pode não ser capaz de mudá-la, mas certamente vai poder escolher a sua resposta física e mental para ela. Conforme o tempo passar, você vai notar uma verdadeira mudança em sua atitude, e seus amigos e familiares também!

Fonte: MindBodyGreen traduzido e adaptado por Psiconlinews

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

HIPERATIVA OU NÃO?????


Criança Desobediente ou Agitada (Hiperativa)?
Postado por Dr. Cesar Vasconcellos de Souza em 28 de janeiro de 2010
criancadesobedienteouagitada
As pessoas perguntam o que fazer com alguém agitado (geralmente criança). Elas querem uma resposta objetiva. Anseiam por um remédio em forma de gotas, comprimido, supositório, injeção, para resolver logo o assunto. Querem algo concreto para acabar com o problema.
O “mundo moderno” tem buscado soluções descartáveis, superficiais, sintéticas, feitas em laboratório, seja lá o que for, menos pensar da causa para o efeito. Quando nós, médicos, gastamos longo tempo numa consulta para explicar as causas do sofrimento do paciente e evitamos oferecer uma rápida consulta logo seguida de prescrição de medicamentos, alguns pacientes não gostam disso porque estamos tentando mexer na causa do problema, que pode ser mais complexa do que pensamos. Mexer na causa em geral envolve tocar em coisas difíceis de serem abordadas e mudadas no estilo de vida da pessoa. Estilo de vida envolve o que comemos, bebemos, a forma de falar, os pensamentos que nutrimos na consciência, como expressamos os sentimentos, hábitos de dormir, a prática ou não de exercícios físicos, etc. Mudar o estilo de vida pode não ser fácil. É mais fácil sair da consulta médica com a receita, ir na farmácia, comprar os remédios e ir para casa na ilusão de que eles curarão tudo.
Perguntas importantes a serem feitas quanto ao que fazer ao lidar com criança ou adulto agitado podem ser: O ocorreu nos parentes nas duas últimas gerações dessa pessoa acelerada? A maneira de pensar e agir deles pode ter contribuido geneticamente para a hiperatividade desse indivíduo? Foram (ou são) avô, avó, pai, mãe, pessoas agitadas?
Uma pessoa pode ser agitada no pensar mais do que nos movimentos do corpo. Ou pode ser muito acelerada nos pensamentos, com dificuldade de esperar o outro terminar de falar, atropelando as idéias da outra pessoa, pode estar com um ouvido na conversa e ao mesmo tempo com três pensamentos diferentes correndo pela mente. Ou podem ser aceleradas quanto às atitudes, tendo sempre urgência em ter que fazer algo AGORA, com dificuldade de ficar quieto, não relaxa o corpo, tem que estar usando os músculos numa tarefa.
Uma pessoa impulsiva em sua forma de pensar, ao ler esse artigo, poderá pensar assim: “Puxa! Eu tava crente que esse médico iria dar o nome do remédio para hiperatividade para eu comprá-lo já! Mas ele tá falando coisas que não entendo bem (ou não quero entender), em vez de falar logo o nome do remédio para pessoas agitadas!” Percebe a agitação mental nessa fala? Esta pode ser a mãe ou o pai de uma criança agitada.
Qual a diferença entre dificuldade de prestar a atenção e a hiperatividade? Dificuldade em prestar a atenção inclui: não colocar atenção nos detalhes, parece que não escuta quando falam com ela, falha em terminar tarefas, dificuldade em organizar tarefas, evita tarefas que exijam esforço, esquece de coisas que precisam ser levadas para a escola ou para casa, distrai-se facilmente, é frequentemente uma pessoa esquecida. Dificuldade com a hiperatividade inclui: não conseguir ficar sentado, correr ou trepar em coisas quando não devia fazer isto, não conseguir brincar sossegadamente, falar demais, interromper as pessoas frequentemente, fica irriquieto ou contorce-se quando sentado, dá respostas impensadas.
Um primeiro passo para lidar com crianças agitadas é perceber se e o quanto os cuidadores dela são agitados, na mente, no corpo, ou em ambos. Eles também precisam mudar. Um segundo passo tem que ver com o cérebro. É difícil ou impossível mudar um comportamento ruim tendo o cérebro intoxicado. Estudo na Universidade de Southhampton com 153 crianças de 3 anos de idade e 144 entre 8 e 9 anos de idade mostrou aumento da hiperatividade nas que usavam corantes artificiais junto ou separado com o corante de refrigerantes, benzoato de sódio. Eliminando corantes da dieta da criança, a hiperatividade diminuiu e voltou a aumentar usando-os de novo. Os corantes do estudo: amarelo crepúsculo (E110); amarelo quinolínico (E104); carmoisina (E122); vermelho alura (E129); tartazina (E102) e ponceau 4R (E124). Publicado na revista médica The Lancet, vol.370, issue 9598, pag.1560-1567, 3Nov2007. Dar à criança alimentação natural, vegetariana, permite o cérebro funcionar bem.
O pediatra Dr. Sergio Spalter diz que crianças precisam se sentir seguras, confiantes e acolhidas. Mas, em vários momentos da vida não damos isto para elas, por causa de brigas do casal, nascimento de um irmão, pais superocupados, etc. A criança sente falta do aconchego, não sabe lidar com isto racionalmente, daí tende a manifestar esta falta com agitação, rebeldia ou adoece fisicamente sem causa, etc. Diante deste comportamento, os pais ficam nervosos e estressados ainda mais. Isto causa irritação na criança e aí o ciclo vicioso se completa. http://drsergiospalter.blogspot.com/2008/02/criana-agitada-que-no-para.html
Faz parte da solução o seguinte:
1) Acolha a criança, reservando um tempo diário, se possível, para ela.
2) Valorize as conquistas que ela fez, mesmo que pequenas demais segundo sua avaliação.
3) Tenha regras claras em casa, para organizar a disciplina. Explique o que pode e o que não pode ser feito. Estabeleça os limites.
4) Não se irrite quando a criança quebrar uma regra, gritando com ela. Não fale 10 vezes que ela errou. Não seja cínico com ela. Aplique a regra, sem ficar nervoso e sem cara fechada.
5) Se ela quebrar de novo a regra, aplique a disciplina previamente combinada.
6) Depois da disciplina, não fique emburrado com a criança. Ao ser multado, por exemplo, por alta velocidade, ninguém fica emburrado com a gente o dia todo. Pagamos a multa e pronto.
7) Elogie muito a criança agitada quando ela fez qualquer coisa certo.
8) Evite encher sua casa com muitos bibelôs, porcelanas, vasos de vidro, pois crianças hiperativas tem dificuldade com coordenação motora.
9) Na sala de aula a criança hiperativa deve sentar-se longe da janela, de preferência na primeira fileira, para diminuir as distrações.


Dr. Cesar Vasconcellos de Souza
Dr. Cesar Vasconcellos de Souza, médico psiquiatra e psicoterapeuta, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, membro da American Psychosomatic Society, consultor psiquiatra da revista Vida & Saúde onde mantém coluna mensal, professor de Saúde Mental, visitante, do College of Health Evangelism e "Institute of Medical Ministry" do Wildwood Lifestyle Center and Hospital, Estados Unidos, Diretor Médico do Portal Natural, autor dos livros "Casamento: o que é isso?" e "Consultório Psicológico".

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

EU E MEU FILHO



Pablo Casals foi um famoso violoncelista, regente e compositor espanhol, que morreu no ano de 1973.
Certa vez, ele escreveu a respeito do momento único do Universo, um momento que jamais vai se repetir.
O momento que estamos com nosso filho.
E o que ensinamos ao nosso filho? - indaga o compositor.
Ensinamos coisas que lhe valerão para a vida, para o mundo das formas em que nos agitamos.
Ensinamos que dois e dois são quatro. Ensinamos que a capital da França é Paris; que a Espanha fica no continente europeu.
Ensinamos sobre relevo, para que ele saiba a diferença entre um planalto, planície, morro, uma montanha.
E onde fica a Cordilheira dos Andes, os Balcãs, o Oceano Atlântico.
Ensinamos que o Sol é uma estrela de quinta grandeza, que a Terra se move ao redor dele, num concerto harmonioso.
Que o Sol viaja pelo espaço, levando consigo a sinfonia dos mundos que o rodeiam. Que a Lua dos enamorados é um satélite da Terra.
Sim, ensinamos muitas coisas.
São coisas importantes. Nosso filho crescerá, se tornará profissional, regerá sua própria vida.
Movimentar-se-á pelas vias do mundo, produzindo, semeando, interferindo em outras vidas com a sua maneira de agir, de ser.
Tudo, graças ao que lhe ensinamos.
Mas, naquele momento único, mágico, em que estivemos com ele, nós lhe dissemos que ele é uma maravilha?
Que não existe sobre a face da Terra nenhum ser igual a ele?
Nós lhe informamos sobre as maravilhas do Mundo Antigo e Moderno e o fizemos se encantar com elas.
Mas, dissemos como ele é especial?
Alguma vez lhe dissemos: Você sabe que é uma pessoa única? Desde o começo do Mundo, nunca houve outra criança como você.
Suas pernas, seus braços, seus dedos, a maneira como você se movimenta, as coisas que diz, os gestos que faz, tudo isso é único, é só seu.
Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven.
Você é capaz de fazer qualquer coisa. E, quando crescer, vai poder ter um filho que será como você, uma maravilha. Sabe?
Isso, com certeza, tornará nosso filho capaz de enfrentar muitos desafios.
Esta mensagem o acompanhará aonde quer que vá. Quando o mundo tentar lhe dizer que ele é um fracasso, ele recordará do nosso recado.
Quando o desapontamento por um revés tentar colocar em seus ombros o manto da tristeza, ele lembrará da nossa mensagem.
Quando o namoro acabar, quando a nota alcançada no concurso não for a esperada, quando o dia se apresentar cinzento, ele recordará...
E, recordando, erguerá a cabeça, ajustará os ombros, e dirá a si mesmo: Posso não ter vencido o concurso, mas eu tentei.
Não consegui o emprego almejado, mas realizo muito bem o meu trabalho.
Não ganho tanto quanto eu desejara, mas tenho certeza de que sou muito bom naquilo que faço.
Eu sou uma maravilha, sou um filho de Deus, especial.
Ninguém, no Mundo, é igual a mim.
E continuará em frente, avante, para o alto.