sábado, 28 de janeiro de 2012

Lya Luft


Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft

... acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor.

É Caio Fernando Abreu


Caio Fernando Abreu

Caio Fernando Loureiro de Abreu (1948 - 1996) foi um jornalista e escritor brasileiro.

"Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.

Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que 2011 seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você."

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A VIDA É FEITA DE OPORTUNIDADES, NÃO AS DEIXE PASSAREM ...

Harmonizavida: Oportunidades: Quero aqui compartilhar algumas coisas relativos ao título ... segundo Henry Ford, "...o insucesso é apenas uma oportunidade para começar d...

Harmonizavida: Sinais de luz (1a. parte)


Sinais de luz

O único inimigo, que a pessoa poderá ter algum dia, é o próprio pensamento negativo; conforme disse Hans Christian Andersen, poeta dinamarquês... e eu concordo inteiramente com essa afirmação. O pensamento é gerador de vários fatos, além de magnetizar a nossa personalidade, na medida que expressamos o que refletimos e compartilhamos um pouco de nós. Os frutos disso vão de encontro aos demais de mesmo teor, e o que faz parar ou desenvolver mais e mais é o seu querer. A essência do pensar está tão ligada com a índole que é como um perfume que exala exatamente o que é composto em suas notas, e isso é tão forte e verdadeiro que podemos afirmar inclusive, sem dúvida de que parte do que pensamos é parte nós mesmos como um todo por ser um resultado de idas e vindas tal qual as ondas do mar. Cabe-nos administrar melhor o mecanismo e a rota deles, ou seja, se o que pensamos pode ser ou tornar algo real ou melhorar o coletivo demos então uma valorosa contribuição para a construção de um bem maior, mas se não fazemos bom uso, e induzimos pessoas ao erro, a cometer qualquer tipo de violência ou agressão interrompemos assim um influxo natural de luz e da-se vazão para que haja distorções de toda ordem, e as consequências disso podem ser desastrosas. Não temos a noção do quanto somos duplicadores e formadores de opinião com nossas atitudes, gestos e palavras. E isso sim deve ser levado muito a sério. Nossos pensamentos determinam o tipo de vida que somos e o que somos é determinado pelo teor de nossos pensamentos, parece igual ... mas não é ... é um caminho de mão dupla aonde se faz necessário ler e saber ler os devidos sinais.
Um abraço de luz;
Adriana Quindimix

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBB...É marcelo Guido



O que será que ele pensa da 12ª edição?


BIG BROTHER BRASIL


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MEU FILHO, VOCÊ NÂO MERECE NADA (ÉPOCA)

ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

AJUDAR É MUITO IMPORTANTE

Compreendendo o TDAH – Como lidar bem no lar e na escola

Viviane dos Santos Teixeira

Resumo
Este texto tem como objetivo orientar pais e educadores sobre como lidar com os crianças e adolescentes que possuem o Transtorno de Déficit de Atenção /Hiperatividade.
Inclui informações básicas sobre o transtorno e dicas de como lidar com os portadores tanto no ambiente doméstico quanto na ambiente escolar.


Unitermos: TDA, TDAH, TDAH/I,educação

Compreendendo o TDAH


O transtorno do déficit de atenção / hiperatividade é um transtorno de desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção,com o controle do impulso e com o nível de atividade. Esses problemas são refletidos em prejuízos na vontade da criança ou em sua capacidade de controlar seu próprio comportamento relativo à passagem do tempo – em ter em mente futuros objetivos e conseqüências. Não se trata apenas de estar desatento ou hiperativo. Não se trata apenas de um estado temporário que será superado,de uma fase probatória, porém anormal, da infância. Não é causado por falta de disciplina ou controle parental.
O TDAH é um transtorno real, um problema real e um obstáculo real que pode ser um desgosto e uma irritação.
O TDAH é um problema para toda a vida,crônico na maioria dos casos,causando dificuldades tanto para o garoto que vai a escola quanto para o adulto que é casado, tem filhos e trabalha.
Em geral, os sintomas são basicamente os mesmos,expressando-se de forma parecida nas diferentes etapas da vida: o aluno que não presta atenção ao que a professora diz e o marido que parece não escutar o que a mulher está contando; a aluna que não para sentada um minuto sequer e a profissional que vive arranjando coisas para fazer e se movimentar o tempo todo; o garoto que responde a pergunta sem ler até o final porque é impulsivo e o marido que decide as coisas sem consultar a esposa.( MATTOS,2003)
Pais e professores freqüentemente descrevem as crianças com TDAH das seguintes maneiras:

“ Meu filho parece não ouvir.”
“ Ele é “pavio curto”, as capacidade para “engolir sapos” é reduzida mesmo quando isso é vantajoso para ele”
“ Minha criança não termina tarefas que lhe são designadas”
“ Meu aluno parece ler de forma automática e apesar de ter a compreensão correta das palavras não entende o texto e não memoriza fatos importantes”
“Meu filho sonha acordado”
“ O início da brincadeira parece sempre ser empolgante e interessante,mas logo essa brincadeira se torna chata”
“ Minha filha perde coisas com freqüência”
“ Minha criança não consegue concentrar-se e distrai-se com facilidade”
“ Meu filho não consegue trabalhar de forma independente,se não for supervisionado”
“ Ele muda de uma atividade incompleta para outra.”
“Ela é freqüentemente confusa ou parece estar num nevoeiro”.

Tudo isso refere-se a problemas relacionados a atenção e concentração.
Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo que outras.
Elas lutam com tenacidade para manter sua atenção em atividades mais longas que as usuais,especialmente aquelas mais maçantes, repetitivas ou tediosas. Tarefas escolares desinteressantes,atividades domésticas extensas e palestras longas são problemáticas,assim como leituras extensas,trabalhos desinteressantes,prestar atenção a explicações sobre assuntos desinteressantes e finalizar projetos intensos.(BARKCLEY,2002)
A medida que as crianças crescem ,esperamos que elas se tornem aptas a fazer tais coisas.Quanto mais velhas ficam ,mais devem ser capazes de realizar tarefas necessárias ,porém desinteressantes. Aquelas com TDAH irão ficar atrás de outras nessa capacidade.Isso irá exigir que outros participem ,auxiliando a guiar, supervisionar e estruturar seu trabalho e seu comportamento. É fácil então,perceber como freqüentemente emergem conflitos entre as crianças com TDAH e seus pais e professores.

O que os pais podem fazer para ajudar


Geralmente a impressão que a família tem de um lar que possui uma criança com TDAH é que parecem freqüentemente estar num campo de batalhas. A criança geralmente viola as regras,negligência tarefas domésticas,opõem-se as tarefas de casa e definitivamente perturbam a paz. O TDAH não tem cura,mas existem alguns princípios que os pais podem trabalhar com seus filhos para melhorar o comportamento deles,seus relacionamentos sociais e o ajuste geral em casa.
O primeiro passo é informar-se sobre o que realmente é o TDAH,suas causas e como ele se manifesta nas diversas situações do dia- a –dia e nos diferentes lugares que a criança freqüenta. Deve-se aceitar o TDAH como um problema real e procurar se orientar como devem se comportar com seu filho.
Os pais devem ajudar as crianças a entenderem suas dificuldades,uma vez que elas próprias não têm uma boa crítica sobre seu comportamento.
Os conflitos diários, discussões ,argumentos e explosões de humor devem ser reduzidos,pois podem permear as interações diárias – sua e de seu filho.
As normas sobre os comportamentos devem ser claramente estabelecidas. Ou seja,ele precisa de um meio familiar que tenha rotinas,que seja previsível e que especifique exatamente o que é esperado dele. Explique porque as pessoas devem se comportar desta ou daquela maneira,pois isto não é muito evidente na maioria das vezes.Fale das conseqüências de se comportar de modo diferente daquilo que é esperado pelas demais pessoas.
É importante organizar as coisas de modo a ter certeza de que a criança vai conseguir realizar o que está sendo exigido dela. Se não completa os deveres de casa, a meta inicial deve ser que consiga completá-los inicialmente uma ou duas vezes na semana. È importante elogiar a criança sempre que for notado um progresso na atividade que está sendo trabalhada,pois os portadores de TDAH têm dificuldades em perceber a si próprios e também aos outros.
Aprenda a prestar atenção positiva em seu filho, pois a atenção que você dá a criança é uma conseqüência ou recompensa extremamente poderosa. Faça uso de sinais verbais e não verbais de aprovação,como abraços,sorrisos,envolver a criança nos braços,um sinal de positivo com o polegar, use expressões como: “legal”,”bom trabalho”, “ É bom quando você...” “ Fantástico”. Lembre-se nunca faça um falso elogio.
Tenha em mente sempre que toda melhora de comportamento leva tempo e somente o treinamento repetido torna a criança apta a “administrar” seu TDAH.

A escola


Crianças com TDAH têm grandes dificuldades de ajustamentos diante as demandas da escola. Um terço ou mais das crianças com TDAH ficam para trás na escola no mínimo uma série durante sua carreira escolar. Freqüentemente as notas e os pontos acadêmicos conseguidos estarão abaixo das notas e pontos de seus colegas.Complicando este quadro,existe o ato de mais da metade destas crianças com TDAH também apresentam problemas de comportamento opositivo.Isto ajuda a explicar porque algumas destas crianças são suspensas ou até expulsas da escola devido a problemas de condutas.
Infelizmente,muitos professores são desinformados sobre o TDAH ou estão desatualizados quanto ao conhecimento do transtorno e seu controle. Não obstante, quando bem orientados podem auxiliar na mudança de comportamento destas crianças,para melhor,é claro.
O ponto de partida está relacionado à estrutura das salas de aula,pois existem várias características na sala de aula que podem necessitar de ajustes. Um ponto importante é o fato da distribuição das cadeiras em sala de aula.A disposição tradicional das escrivaninhas em filas voltadas para frente da sala é muito melhor do que um arranjo modular onde várias crianças dividem uma mesa grande,especialmente voltadas umas para as outras enquanto trabalham. Esse arranjo proporciona estímulos interacionais excessivos distraindo a criança com TDAH,fazendo com que ela não preste atenção nem no professor nem no trabalho escolar.
A criança deve ser colocada mais perto da mesa do professor ou próxima de onde o professor fica a maior parte do tempo. Isso não apenas desencoraja os colegas de classe a darem atenção a criança,fazendo crescer o comportamento disruptivo,mas também torna mais fácil ao professor monitorar o aluno e aplicá-los multas e recompensas mais rápidas e facilmente.
Uma rotina bem organizada e previsível numa sala de aula, com a disposição de regras pode ser adicionada e é muito útil.
O uso de tarefas com maior estimulação ( cor,forma,textura,etc.) parece reduzir o comportamento disruptivo,aumentar a atenção e melhorar o desempenho total.
O professor deve mudar os estilos de apresentação das aulas,tarefas e materiais para ajudar a manter o interesse da criança,otimizando a atenção e concentração do TDAH.Tarefas que requerem uma resposta ativa como oposição a passividade permitem também que as crianças com TDAH canalizem melhor seu comportamento disruptivo em respostas construtivas.Em outras palavras forneça a criança com TDAH algo a fazer como parte da aula,determine trabalhos ou atividade, e o comportamento da criança passará a ser um problema menor.
Combinar aulas com momentos breves de exercício físico na sala de aula também pode ser útil.Isso reduz a fadiga e monotonia que crianças com TDAH podem experimentar durante períodos muito extensos de trabalho acadêmico.
O professor deve escalar as matérias acadêmicas mais difíceis para o período da manhã e deixar as atividades não-acadêmicas de maior atividades para o período da tarde,pois a habilidade de concentração de uma criança com TDAH e a inibição do comportamento diminui enormemente no decorrer do dia escolar.
Todo professor é um artista ,quando bem orientado certamente será capaz de estabelecer várias adaptações em suas aulas favorecendo o desempenho destes alunos.


RESPONSABILIDADE E EDUCAÇÃO

FILHOS RESPONSÁVEIS
Prof. Ms. Mônica Nardy Marzagão Silva
Julho / 2008

Outrora era muito corriqueiro escutarmos alguém pronunciar o chavão “criança não tem que querer nada”. Contudo, na esfera educacional, com as alterações advindas no século XX, as pessoas, sobretudo os pais, foram aprendendo a respeitar os infantes, percebendo que eles têm “aspirações, desejos e aptidões peculiares”, destarte como nós adultos.

Essa alteração na conduta suavizou o relacionamento entre pais e filhos, tornando-o mais fidedigno e menos imperioso. O autoritarismo paterno foi suprido por uma “relação de sintonia” em que há lugar para o diálogo e o entrosamento.

A aludida inovação na maneira de educar é mais complexa do que se pode conceber, uma vez que os pais estão tendo certos embaraços com os novos paradigmas educacionais. O enigma surge quando os pais precisam optar entre dizer sim ou não. Hoje recusar qualquer coisa para um filho toma dimensões assombrosas, já que os pais assimilaram o não como um causador de “perturbação emocional” em seus filhos. Quão intensamente os pais fazem, mais a progênie quer que façam. Assim, os genitores ficam exaustos e, o que é pior, aborrecidos, apreensivos e desnorteados, em decorrência disto os pais vituperam, punem e até açoitam os filhos.

A colocação de limites não denota bater nos filhos, aí não há aprendizagem, isto é, mudança de comportamento. Exclusivamente foram interrompidas determinadas condutas por receio de surras. O aprendizado da criança se dá por intermédio da compreensão, ou seja, do entendimento do que é certo ou errado. À vista disso é fundamental ininterruptamente aclarar a razão do não. O não precisa ser empregado com discernimento e não aleatoriamente conforme o estado de humor. É muito corriqueiro os pais colocarem uma norma quando estão enfastiados e/ou tensos e no dia subseqüente o mesmo preceito não ser mais apropriado. O não necessita ser empregado quando existir um ensejo real.

O limite afiança, alicerça metodologicamente e dá diretiva educacional aos pais, libertando-os da culpa e da indecisão que os angustiam. Ele é o baldrame para a realização do que se contornou como o mais intricado dos afazeres dos genitores: o que não pode ou o que não deve ser ultrapassado pelos filhos.

Façamos algumas ponderações que podem auxiliar os pais a educar sua descendência com limites sem arruinar a autoridade. Os genitores não precisam hesitar quanto à necessidade de que dar limites é imprescindível, porque são os limites que principiam o curso da percepção e apreensão da outra pessoa. Para se respeitar o próximo é essencial a demarcação de direitos e deveres, logo os filhos devem ter ciência de que não é facultativo tudo o que se almeja na vida.

A criança, na primeira infância (até seis anos), ainda não desenvolveu um juízo do que é ético. Deste modo, os pais terão que informar e indicar devagar o que se pode ou não fazer, através de conversas e exemplos.

A criança nessa idade vive a procura do deleite e, na maior parte das vezes, quando é contrariada fica enfurecida, caprichosa e acintosa, diga-se de passagem, o que é natural para a faixa etária. No entanto, se prematuramente não forem convencionados os limites, o que suscita gracejos aos três ou quatro anos, torna-se intolerável aos seis ou sete anos. Nessa fase os pais necessitam de muita tranqüilidade, resignação e obstinação, pois ao a criança ter um comportamento impróprio, o pai e/ou a mãe devem manter a mesma atitude consistente, todavia com amor e afabilidade. No transcorrer do tempo o infante abandonará a conduta inadequada, já que toda criança opta por um sorriso a um olhar de censura. Se a criança permanecer desenvolvendo-se sem limites as implicações serão muito mais nefastas, roubando dos pais o comando da situação.

Aplaudir e premiar o bom procedimento são tão importantes quão sujeitar os filhos a assumirem a responsabilidade por suas ações. As crianças que são somente repreendidas, não se sentem estipuladas a terem performances adequadas, uma vez que acreditam que mesmo agindo corretamente jamais serão prestigiadas e que apenas receberão palmadas e punições. Entretanto recompensar um bom comportamento, não se constitui, necessariamente, em mimosear materialmente. Deve-se valer do presente material em ocasiões especiais, senão os filhos ficarão mal acostumados aspirando constantemente a um “agrado” permutado por um bom comportamento.

Para fazer os filhos assumirem a responsabilidade pelos seus atos, deve-se agir prontamente, dialogando, elucidando, fazendo com que pensem a propósito de seus deslizes, jamais admoestando a pessoa e sim o seu modo de proceder, por exemplo: filho não é certo pegar o que não é seu sem solicitação prévia ao invés de você é malandro, safado, desonesto e egoísta. Quando se relaciona o acontecimento a um predicado particular, o filho poderá crer que é deste modo e não mudará, já que os pais sempre o censuram dessa maneira.

Você advertiu seu filho de que ele não pode jogar bola na sala, já que se pode quebrar um objeto, e mesmo assim ele o fez, convencione uma implicação, ato contínuo, ao sucedido, por exemplo: faça-o limpar (conforme a idade a fim de não se cortar) e deduza da mesada a importância do artefato quebrado, uma vez que a responsabilização é indispensável. Lembrando-se sempre que ao responsabilizar o filho deve-se ter como referência a adequação justa e lógica à dimensão do erro.

Cumpra e perpetre o cumprimento das normas, para não invalidar sua autoridade ao dar limites, ou seja, leve a efeito a palavra dada. Parece simples compensar o bom procedimento e condenar e desestimular o contrário, contudo os resultados podem não ser imediatos, quando se trata de educação o desfecho não ocorre velozmente, reitera-se e explica-se a exaustão a mesma coisa até produzir o efeito certeiro.

Ao ser enaltecido seu filho aprende que atitudes socialmente corretas podem lhe trazer “benesses”, já que todos querem ser apreciados e queridos. Não desperdice ocasiões de elogiar, abraçar e beijar sua prole, evidenciando seu amor e perfilhando suas qualidades. Premiar é afinal mais satisfatório do que penitenciar!

A empreitada dos pais é gerar cidadãos éticos, solidários, honestos, humanitários, com valores nobres e respeito ao próximo, isto se ambicionarmos que eles vivam num mundo melhor, mais eqüitativo e fraterno!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Etiqueta

Comporte-se bem como hóspede!

Se você se hospeda na casa de amigos, fique atenta aos detalhes de comporta mento e atitude.
- Ao chegar, epere que a anfitriã leve você até o quarto;
- Ao levantar-se, arrume sua cama (afinal você não está em hotel!);
- Se for para casa de amigos na praia não esqueça do protetor e da toalha de piscina/praia. Não precisa levar toalha de banho, com certeza terá uma pra você no banheiro;
- Caso você levante antes dos donos da casa, espere que todos acordem para o iniciar o café da manhã, a não ser que a regra da casa seja: quem acorda toma café e pronto!;
- Evite deixar a toalha molhada no banheiro, pergunte se pode levá-la ao varal;
- No almoço e jantar, caso o cardápio não seja do seu agrado, disfarce e coma pouco, mas não reclame!
- Ao se despedir, agradeça a todos, inclusive as secrestária da casa!

Aproveite suas férias e seja uma hóspede inesquecível!

Imagem: Reprodução.

Por: Lucia Wolff e Monique Menezes

Um SER HUMANO bem melhor: QUALIDADE PESSOAL

Zygmunt Bauman: "Hoy nuestra única certeza es la incertidumbre"

Su pensamiento y su obra han sido analizados en una docena de libros. Hijo de una familia judía humilde, ex marxista polaco huido del estalinismo, se refugió en la universidad británica -Universidad de Leeds- y se convirtió en un superventas filosófico. Tirando del hilo de su concepto de modernidad líquida, que define los rasgos característicos de nuestra época, ha escrito sobre la vida líquida, el amor líquido, los miedos líquidos.

POR IMA SANCHÍS - La Vanguardia

Cuál es su descubrimiento más reciente?
Con un pie en la tumba intento hacer balance, y mi constatación es que acabaré donde empecé.

¿Buscando una sociedad perfecta?
Sí, hospitalaria para los seres humanos.

¿Qué ha aprendido en el trayecto?
He vivido bajo diferentes regímenes, ideologías, modas..., y lo que me resulta más sorprendente es que hay dos valores sin los cuales la vida humana sería impensable: la seguridad y la libertad.

Reconciliarlos es imposible, dice usted.
Cuanta más libertad tengamos menos seguridad, y cuanta más seguridad menos libertad. En la sociedad, la conquista de libertades nos lleva a una gran cantidad de riesgos e incertidumbres, y a desear la seguridad.

Y entonces nos sentimos ahogados.
Sí, conseguimos que no nos atraquen por la calle, que si caemos enfermos nos atiendan, pero nos volvemos dependientes, subordinados, y eso nos hace sufrir. Así que volvemos a evolucionar a una mayor libertad.

¿En qué punto estamos hoy?
Estamos asustados por la fragilidad y la vacilación de nuestra situación social, vivimos en la incertidumbre y en la desconfianza en nuestros políticos e instituciones. Estudiar una carrera ya no se corresponde con adquirir unas habilidades que serán apreciadas por la sociedad, no es un esfuerzo que se traduzca en frutos. Toda esta precariedad se expresa en problemas de identidad, como quién soy yo, qué pasará con mi futuro.

Y así llegamos a sus fluidos: sociedad líquida, amor líquido, miedo líquido...
Sí, la modernidad líquida, en la que todo es inestable: el trabajo, el amor, la política, la amistad; los vínculos humanos provisionales, y el único largo plazo es uno mismo.

Todo lo demás es corto plazo.
No se da el tiempo para que ninguna idea o pacto solidifique. Este enfoque ya forma parte de la filosofía de vida: hagamos lo que hagamos es de momento, por ahora.

Nada dura para siempre, ni siquiera el futuro.
Hoy nadie construye catedrales góticas, vivimos más bien en tiendas y moteles.

¿Y por qué lo considera un problema?
Objetos y personas son bienes de consumo, y como tales pierden su utilidad una vez usados. La vida líquida conlleva una autocrítica y autocensura constantes; se alimenta de la insatisfacción del yo consigo mismo.

Nos hemos quedado sin utopías.
La felicidad ha pasado de aspiración para todo el genero humano a deseo individual. Se trata de una búsqueda impulsada por la insatisfacción en la que el exceso de los bienes de consumo nunca será suficiente.

Y llegamos al consumidor consumido.
Hemos trasplantado unos patrones de comportamiento creados para servir a las relaciones entre cliente y producto, a otros órdenes del mundo. Tratamos al mundo como si fuera un contenedor lleno de juguetes con los que jugar a voluntad. Cuando nos aburrimos de ellos, los tiramos y sustituimos por algo nuevo, y así ocurre con los juguetes inanimados y con los animados.

Es decir, otros seres humanos.
Sí, hoy una pareja dura lo que dura la gratificación. Es lo mismo que cuando uno se compra un teléfono móvil: no juras fidelidad a ese producto, si llega una versión mejor al mercado, con más trastos, tiras lo viejo y te compras lo nuevo.

¿Qué efectos tiene en el ser humano?
Una actitud racional para con un objeto es una actitud muy cruel para con otros seres humanos. El consumismo es una catástrofe que afecta a la calidad de nuestras vidas y de nuestra convivencia. Creemos que para todos los problemas siempre hay una solución esperando en la tienda, que todos los problemas se pueden resolver comprando, y esto induce a error, nos debilita.

¿Por qué nos debilita?
Porque nos priva de nuestras habilidades sociales, en las que ya no creemos.

¿Cómo construirse a uno mismo, hallar la felicidad en este mundo líquido?
Hay dos factores que cooperan para modelar el camino de la vida humana, uno es el destino, algo que no podemos cambiar, pero el otro elemento es el carácter.

Ese sí lo podemos moldear.
El destino dibuja el conjunto de opciones que tienes disponible, siempre hay más de una opción. Luego el carácter es el que te hace escoger entre esas opciones. Así que hay un elemento de determinación y otro de libertad.

¿Hay que resistirse para ser libre?
Viviendo en una sociedad de consumidores, resistirse a ser un consumidor es una opción posible pero muy difícil. Por lo tanto, la probabilidad de que la mayoría de las personas decida resistirse al consumismo es una probabilidad muy lejana, aunque todas las mayorías empezaron siendo minorías.

¿Alguna solución individual?
Uno no sólo puede, sino que debe vivir su propia vida y el modelo de vida que le encaje, consciente de las consecuencias y costes que acarrea. Y el problema de mejorar la sociedad, y esta es la respuesta a todas las preguntas futuras que me pueda hacer usted.

¿...?
Se resume en hacer que la sociedad sea más benevolente, menos hostil, más hospitalaria a las opciones más humanas. Una buena sociedad sería la que hace que las decisiones correctas sean las más fáciles de tomar.

LOS HOMBRES

Eric Laurent: “La ciencia es hoy el principio de autoridad”

Para el psicoanalista francés, de visita en la Argentina, “con el régimen de certeza de la ciencia, la noción de autoridad paterna queda desplazada”. Además, en esta entrevista exclusiva, destacó que Brasil y Argentina tengan mujeres en la presidencia. “Su liderazgo está resolviendo tensiones que podrían ser insuperables”, dijo.

POR Pablo E. Chacón


El psicoanalista Eric Laurent pasó por Argentina para dictar un seminario, pero se hizo tiempo para conversar con Ñ Digital, con los estudiantes en la Facultad de Psicología y para dar una conferencia en la Biblioteca Nacional; también presentó su último libro, “El sentimiento delirante de la vida” (ediciones Diva), una paráfrasis de “El sentimiento trágico de la vida”, el clásico de Miguel de Unamuno que le sirve al francés de pretexto para argumentar sobre la mutación del concepto de tragedia en un planeta de cielos saturados de satélites, escaneado y vigilado donde el sujeto ha perdido las referencias y la desorientación es, prácticamente, la norma. Acá la conversación.

¿Por qué se refiere a Unamuno en el título de su libro?
Unamuno produjo un impacto particular en su época, entre las guerras. Y su proyecto era, precisamente, tratar de influir, de advertir sobre la segunda parte que veía venir, la segunda guerra mundial. Cierto que él pensaba en un modo de rearme moral, en un llamado que incluyera al sentimiento trágico de la vida, la finitud, la muerte, y no seguir soñando con el entusiasmo fácil de los años veinte a los treinta, los años locos, que se iban a apagar, y que se apagaron.

En la actualidad, ese sentimiento ¿ya no existe?
No es que no exista. Las tragedias no han dejado de ocurrir. El ejemplo más cercano es la crisis financiera global desatada en 2008. Es una tragedia enorme, una crisis financiera sin par, al interior de un sistema que está completamente desarreglado. Y es probable que haya más tragedias de este tipo y otras, insólitas, inéditas.

¿Como cuáles?
Catástrofes ambientales, humanitarias, pestes masivas… es lo que está pasando.

Sin embargo, usted piensa que el sujeto puede enfrentar este nuevo malestar.
Efectivamente. Pero para enfrentarlas, esta vez lo mejor no es un llamado a un nuevo orden moral sino despertar de ciertos sueños. El psicoanálisis puede ayudar en algo a este estado de las cosas. Situémonos. Estamos en una época posterior a la caída del principio de autoridad que se resume en una destitución del padre, las figuras clásicas, la autoridad. ¿Y qué queda en un mundo sin referencias? Bueno, el hecho de que todos estamos un poco locos. Y que es necesario inspirarse, también, en el esfuerzo que hacen las personas designadas o estigmatizadas como tales. A los locos, por no poder utilizar los instrumentos estándar, no les queda más remedio que inventarse creencias, delirios, instrumentos particulares, o a medida; no creencias comunes pero sí algo que les permita sostenerse en la vida. Lo que queda después de la caída de las grandes figuras, es inventarse creencias que permitan sostener el lazo social, no apoyándose en los discursos comunes pero transformándolos, como para inventarse ciertos sistemas, sin creer por eso que vaya a surgir una figura de autoridad que pueda rearmar la historia, no; un lazo social pero sin este viejo sentimiento de la existencia común.

Es decir, más cerca de la multitud de Toni Negri que de la psicología de las masas de Freud.
Algo así. El lazo social del cual habla Negri es el de esta época. Es el lazo social de la multitud, que no se articula en un relato, una ideología global, pero que constata que el lazo social está fragmentado, y que esa fragmentación no es vivida, digamos así, como una tragedia.

Al contrario de lo que sucede en los consultorios.
En los consultorios y en el mundo. Las guerras del siglo XXI, que son cantidad, no tienen fin. Estamos entrando en un estado de excepción que parece no levantarse nunca; sólo se desplaza. Es una época extraña. La tragedia hace parte del cuadro común de la existencia, pero de una manera muy distinta a lo que fueron las grandes catástrofes del siglo XX. Este es un mundo militarizado. Y lo que caracteriza nuestro tiempo es haber salido de la ilusión de la historia cuando cayó el muro de Berlín, en 1989. Se pensó que después del enfrentamiento de los bloques se iba a producir una reunificación de la humanidad, como sucedió en la propia Alemania. Y sería el final glorioso de la historia pensado por Francis Fukuyama. Pero no, sucedió justo al revés. No estamos en el choque de las civilizaciones, como pensaba Samuel Huntington, pero sí entre catástrofes, guerras locales que se difunden, alteración de los derechos públicos… a su manera, en todos los países. Es esta crisis permanente la que teje nuestra existencia. Bien, no ignorar esta situación es uno de los objetivos del libro, y efectivamente, pensarla a partir de las tragedias que llegan al consultorio, donde cada vez más y más gente tiene que inventarse soluciones a medida para resistir a la pulsión de muerte, al goce invasor, a la relación adictiva que se tiene con los objetos de goce. Porque casi todo puede transformarse en un objeto de goce. Las viejas autoridades podían atemperar esa adicción, pero no funcionan más. Puede volverse adictivo el shopping, el tabaco, la droga, el sexo, todo puede tomar el matiz de una invasión.

¿Y entonces?
Y entonces la gente se inventa soluciones a medida. Pero de todas maneras, eso no ha hecho desaparecer los aparatos higiénicos, los discursos generales sobre las “malas costumbres” o el sanitarismo autoritario. Existe un derecho que esos discursos no contemplan: el derecho de cada uno a dañarse un poco, no del todo, sólo un poco.

¿Cómo entender esto que usted dice?
El problema es singularizar la posición analítica. En el mundo de la técnica, que es el nuestro, en el cual todo tiene que tener una función, el psicoanalista no es alguien que se ofrece como una herramienta útil. Y eso singulariza la posición analítica. Para ser claro: el psicoanalista trata de dirigirse a lo inútil de cada uno. Si se pudiera pasar de esas costumbres inútiles que nos invaden, sería extraordinario. Pero no es el caso. Es imposible separarse de esa parte oscura que nos habita; esa parte desdichada, maldita, como la llamaba Georges Bataille. Pero el psicoanalista tiene esa distancia sobre el discurso de la utilidad. Y tratar de transformar eso “que no va” en algo que vale es una tarea. Pero de lo “que no va”, tampoco es imprescindible separarse de una manera autoritaria. Hay que considerar a esa parte maldita como algo a lo que vale la pena dirigirse y hacer hablar.

¿Por qué cree que hay tantas mujeres en el psicoanálisis?
Está claro que el psicoanálisis es una de las invenciones del siglo XX de la cual las mujeres se apoderaron. Muy rápidamente, este discurso inventado por Freud se transmitió después por su hija, Anna Freud y Melanie Klein, que fueron las que inventaron la transmisión de ese discurso. En la Universidad de Buenos Aires, el 85 por ciento de las estudiantes de psicología son mujeres. Es un tsunami de mujeres, pero eso no significa que la cosa está arreglada. Las mujeres no son la solución a la crisis de autoridad global. Ellas no reemplazarán a la destitución paterna. Además, existen todo tipo de creencias: las vírgenes, la dama de hierro, que pudo parecer, por ejemplo, una solución cuando los hombres aflojan. Pero eso no es tan claro. No es casualidad que en los dos países más importantes de América latina, el carisma del líder esté encarnado por mujeres, Dilma Rousseff y Cristina Fernández de Kirchner, que con su liderazgo está resolviendo tensiones que podrían ser insuperables. Se puede decir también que la dueña de Europa, ahora mismo, es Angela Merkel. Es verdad, sin embargo, que el sobrenombre de Merkel, en alemán, es madre. Pero la idea del psicoanálisis es tratar de inventar una figura de mujer que no sea la virgen, la dama de hierro o la madre sino una mujer que ocupe un lugar en el fantasma del hombre. Las mujeres son sensibles a la singularidad, no a lo universal, no a los grandes ideales. Eso decía Freud. Lo que en Freud sería una crítica a ese rasgo femenino, Jacques Lacan lo retoma y hace de ese rasgo lo más interesante de la posición de la mujer: interesadas por la singularidad, lo particular del hombre. Porque también cada mujer quiere ser una mujer particular. La mujer quiere ser amada por lo que ella es. Ella no es todas las mujeres. El psicoanálisis intenta producir –lejos de las antiguas identificaciones– una nueva versión de la mujer. Esa es una de sus apuestas en este siglo.

¿Y los hombres?
Bueno, la actual situación no es culpa de los hombres. Los hombres encarnaban la función del padre. Pero esa función no opera de la misma manera con la ciencia que sin la ciencia. Con el régimen de certeza de la ciencia, la noción de autoridad paterna queda desplazada. El psicoanálisis puede ayudar a los hombres que piensan este cambio como una castración insoportable a su autoridad. Y evitar, de esa manera, las explosiones de agresividad contra las mujeres sobre las que leemos todos los días.-


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Gestão de pessoas

Importância da gestão de pessoas para a Inovação

Publicado por marcelao em fevereiro 24, 2008

Pessoal,

como vocês devem ter lidos nos posts anteriores(aqui, aqui, aqui e aqui), estamos em uma fase de transição e de transformação na sociedade e na economia, uma transformação que envolve a transferência de importância do capital financeiro para o capital intelectual.
Essa transformação muda tudo na área de administração, pois nada da administração foi feita baseada em pessoas. A administração foi feita baseada em processos, em máquinas, em gerencia do capital financeiro, em patrimônio e no fim de tudo pensava-se nas pessoas que eram chamadas de mão de obra.
Como foi citado anteriormente, as pessoas estão no centro do processo agora, mas ocorre que a maioria ainda não está preparada para essa mudança. A maioria delas foi preparada para ser mão de obra, para ter um chefe mandando o que fazer. No ambiente cada vez mais competitivo em que as empresas atuam, o que as pessoas precisam é desenvolver uma atitude mais empreendedora, mais inovadora. Elas precisam se sentir como donas das empresas em que trabalham, sentir-se como a parte mais importante da empresa atuando como um gerente da sua parte no processo.


Nesse ambiente em constante mudança e exigente por inovação, o papel da gestão de pessoas é a criação e manutenção de uma estrutura que permita com que a inovação seja não só criada, mas comunicada, aceita, testada e implementada, além de incutir na alta gerência o comprometimento com a inovação para que seja dada liberdade aos funcionários da empresa e incentivar comportamentos audaciosos, para que eles se sintam tentados a criar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A ARTE


A ARTE DO ORIGAMI DOBRANDO E DESDOBRANDO TALENTOS

Uma folha de papel dobrada e desdobrada com pinceladas artisticas de criatividade, mostra as inúmeras possibilidades da arte do origami para o crescimento e desenvolvimento dos talentos e potenciais humanos.

O origami é uma técnica tradicionalmente conhecida, em especial na China e Japão, não se tendo uma idéia exata de qual foi o motivo para se iniciar esta
arte mágica de dobrar os papeis, que foi passadas de geração em geração, chegando ate nos.
Importante reconhecer que somente com um simples pedaço de papel, dobrado e desdobrado, se pode criar e inovar, formando figuras diferenciadas, tais como transformar o papel em passaro, em borboleta, barco, apenas para mencionar as formas tradicionais, podendo criar uma infinidade de outras formas ou figuras.

A geometria das dobras no plano e espaço, a paciência, o relaxamento, a memorização, a exatidão e a coordenação motora necessárias, contribui para a integração de grupos, para criar histórias, poemas, dramatizações, construções coletivas, analisar a qualidade de processos e outros benefícios.

Ori significa papel e kami significa dobrar, portanto origami é a arte de dobrar papel. Arte vem de artus que significa fazer bem feito, com perfeição e excelência. É um ato de organização estética e de domínio do conhecimento, e cria impacto de excelência e de inovação criativa.
Fazer as coisas com arte significa colocar amor ao que se está fazendo, pois este ato leva a colocar magia naquilo que se faz.

O campo criativo e as inúmeras possibilidades que se apresentam com as variedades do origami é enorme, pois pode-se fazer maravilhosas e originais fiquras, pequenas obras mestras que além de serem atraentes aos olhares, são também úteis para enfeites, para realizar trabalhos em equipes, para avaliar processos.

O convite para entrar neste mundo mágico do origami é levar cada pessoa que se dedica ao trabalho a se expressar de maneira cada vez com maior exatidão, com concentração e paciência, buscando sempre aprimorar a qualidade e sua criatividade.

O uso das mãos e dedos é considerado por estudiosos, ser de grande importância para o desenvolvimento das percepções cerebrais, porque estimula e realiza novas conexões entre os neurônios, traçando novos caminhos.
Aprende-se muito com o tato e a sua coordenação com a visão e os outros sentidos, estimula a estética, a habilidade social, a criatividade, por ser uma atividade rica em possibilidades inovadoras.

A arte do origami contribui para:
– estimular e melhorar a capacidade de concentração
– desenvolver a coordenação motora fina
– melhorar a destreza manual e a paciência
– reduzir o estresse
– melhorar a visão espacial
– auxiliar na área de geometria e outras

e, ainda contribui para a melhoria da forma de expressar, possibilitando satisfação pessoal daqueles que praticam o origami, podendo criar diferentes formas com um pedaço de papel, que se traduz como material de fácil acesso e mesmo reciclável, contribuindo para o meio ambiente.

Algumas pesquisas mostraram que a prática do origami na educação de crianças e de adultos ajuda no desenvolvimento de habilidades :

• comportamental – através de movimentos repetitivos, o aprendiz deve observar e ouvir com atenção as instruções do facilitador, e executá-las com qualidade e carinho, sendo que o sucesso do trabalho depende muito do executor, mostrando a importância do auto controle no trabalho, desenvolvendo o pensamento intuitivo
• trabalho em equipe – o ato de dobrar um quadrado ou retângulo de papel, transformando- o em uma figura tridimensional como, por exemplo, o pássaro da felicidade é um exercício importante para movimentar o raciocínio espacial e obter a simetria. Observando o trabalho do outro e ajudar o colega nas dobras é auxiliar na importância do trabalho em equipe.

A arte do origami é, portanto, uma atividade criativa que transmite curiosidade e alegria e finalmente leva a o executante a ter orgulho e satisfação diante da obra concluída.

Pode-se construir figuras simples e complexas, e com papeis pintados, coloridos, impressos que na maioria das vezes são inutilizados, pode – se confeccionar animais, flores, objetos diversos com uma variedade de construções e idéias criativas dos origamistas, transformando-se em presente para os olhos, para a mente e sentimentos.

Fazer navios, leques, aviões de papeis talvez já foi parte da infância de muitas pessoas que hoje buscam no origami uma maneira de reduzir o estresse, de concentrar, de melhorar a memória, de descansar no dia a dia.
Ao jogar aviões de papeis pela sala, apreciar os trabalhos realizados por si e pelos colegas, trabalha-se com processos e com a integração de grupos ou equipes.

Origami é considerado um ótimo exercício para a criatividade, para a concentração, para a mente como para as mãos, porque utiliza-se da harmonia dos hemisférios cerebrais de maneira agradável e leve.
Identificar formas, trabalhar a geometria, as cores é também auxiliar na aprendizagem. Com as figuras de animais e outras pode – se construir

historias, dramatizações, poemas, ativando a criatividade e a inovação, proporcionando momentos de alegria e bem estar aos praticantes.

Para desenvolver a arte do origami, o praticante necessita de treinamento em atenção e paciência, de concentração, persistência e de ter em mãos um simples pedaço de papel, cortado com harmonia, com as dimensões corretas e dobrado de maneira que as marcas fiquem visíveis, corretas e alinhadas, seguindo um roteiro ou diagrama proposto, modificando-o ou criando algo novo.

O maior encanto pessoal com a arte do origami é o seu poder de transformação – com materiais simples e baratos pode-se criar e inovar produzindo objetos encantadores.
Ao mesmo tempo em que se desenvolve a comunicação nas relações e a motivação criativa, que surge da compreensão da possibilidade de gerar novas idéias e da crença no potencial criativo do ser humano.
Regina C. Drumond

EMPRESÁRIO

AUTO ESTIMA NAS ORGANIZAÇÕES: RESGATANDO OS VALORES HUMANOS
Por Regina C. Drumond

O que será que acontece com o brasileiro? Regina, sempre possui contribuições, veja que interessante.

Agora eu te pergunto: como está a empresa onde você trabalha em relação a auto estima???

Aproveite bem do conhecimento da autora e boa leitura!

Maria Inês Felippe

O trabalho no século 21

Nesta sociedade de informação, o trabalho físico foi substituído pelo trabalho mental devido às mudanças rápidas que vem acelerando as descobertas cientificas e tecnológicas, gerando competitividade, daí a necessidade de se construírem organizações produtivas que caracterizam pela inovação contínua e pelo crescimento contínuo, e que contribuem para a formação de uma sociedade e mundo melhores.

Reconhecemos que este desenvolvimento demanda educação e uma preparação de nossos Recursos Humanos bem maior que se fazia anteriormente, devido a necessidade de se ter flexibilidade, autocontrole, maior responsabilidade, capacidade para criar e inovar , e conseqüentemente, mais qualidade nos produtos e serviços.

Esse fato exige uma maior conscientização para todos os níveis da empresa, onde se tem como lema: Todos pensam , todos participam, todos inovam.

Mudanças na economia nacional e mundial tem representado desafios para a competência de nossos Recursos Humanos:

  • Da economia industrial para a economia de informação, decresce a necessidade de mão de obra, com crescente necessidade de cérebros de obras que com suas inteligências múltiplas se exige novas idéias, sendo inovador e sócio da organização;
  • O aparecimento crescente de novos conhecimentos tecnológicos, produtos e serviços para adaptar -se economicamente, com a necessidade de atualizar, ter flexibilidade. As mudanças na economia global exige Recursos Humanos competentes para atuar neste contexto de constantes desafios;
  • Demandas crescentes para processos de auto gestão, responsabilidade, auto direção, maior consciência e compromisso para inovar e contribuir, e ser empreendedor.

Toda mudança que estipula novas respostas tem sido sempre um desafio para a nossa auto estima no trabalho.

Para poder inspirar e facilitar a capacidade de potencializar os recursos de outros, os lideres devem em 1o lugar ter a capacidade de auto gerenciar seus recursos, trabalhando no seu desenvolvimento pessoal, em sua auto estima, especialmente em seus valores pessoais.

Num mundo onde as mudanças são incessantes, rápidas, estar aberto a mudança de si mesmo, e, fazer da aprendizagem e crescimento um modo de vida, é hoje uma necessidade pessoal e profissional.

As organizações modernas que gerenciam a melhoria da qualidade tem como desafio atrair e manter pessoas qualificadas com elevada auto estima, apoiadas em pilares para que se consiga:

  • Pessoas seguras – abertas a idéias novas, que possam admitir erros;
  • Pessoas aceitas – que pensam, expressam, criam, inovam;
  • Desafios – para provar as suas capacidades;
  • Reconhecidas – reconhecer os talentos e recompensar;
  • Observadoras, construtivas, valorizando os aspectos negativos e positivos;
  • Pessoas com auto controle e inovadoras;
  • Aprender a trabalhar com normas, resolver problemas, trabalhos em equipe, aprender o tempo todo, ter pessoas orgulhosas do trabalho que executam.

Uma das condições para fortalecer a auto estima nas organizações , para estimular a inovação, a participação ativa e criativa do colaborador e para alcançar melhores resultados em qualidade é estabelecer na Empresa um Programa de resgate dos valores humanos.

Este Programa vem sendo aplicado em algumas organizações brasileiras, apesar de encontrar dificuldades devido ser um programa que visa mudança de comportamento e cultura, exigindo paciência e persistência no processo de cultivar e semear estes valores.

O capital intelectual - porta de entrada de idéias criativas e imaginação é um outro fator importante para se alcançar a competitividade e produtividade.

As pessoas só são felizes, criativas, produtivas, se o meio onde atuam favorecer o cultivo da auto estima, através dos valores humanos.

Auto estima - é a consciência de ser competente a fim de vencer os desafios da vida e ser feliz, isto é, confiar em nossa capacidade de pensar, aprender, criar, tomar decisões adequadas e dar respostas efetivas a novas situações. N. Branden

Assim a Auto eficiência somada a auto respeito significa auto estima.

Auto eficiência - confiança na eficácia de sua mente, na capacidade de pensar, aprender e dar respostas de rotina e inovadoras.

Auto respeito – consciência de que o sucesso, a alegria, a felicidade é alguma coisa boa e natural, é resgatar os valores humanos.

Para a construção da auto estima Nathaniel Branden em seu livro:

A auto estima no trabalho propõe práticas destes 6 pilares:

  • Viver conscientemente - estar presente no " aqui-agora" , ser aberto a informação, viver os valores humanos, cultivando e semeando estes valores na vida pessoal e profissional.
  • Auto aceitação - experimentar , responsabilidade pelos pensamentos, sentimentos, ações, disposição frente aos comportamentos críticos ou idéias diferentes sem se tornar agressivo ou hostil.
  • Auto responsabilidade - somos os autores de nossas ações.
  • Auto afirmação - autenticidade, respeito, educação e aprendizagem contínua.
  • Viver com determinação - ter objetivos e metas claros.
  • Integridade pessoal - coerência com os valores, ser amável e verdadeiro nas ações diárias.

Vamos melhorar a nossa auto estima, resgatando os valores humanos e assim teremos uma melhor qualidade em nossos produtos e serviços, gerando uma melhor qualidade na vida de todos.

“É impossível transformar a escuridão em luz, a apatia em movimento, sem emoção, sem auto amor” . Jung

Sintese do livro de Branden N :Auto estima no trabalho.

Autor: Regina Coeli Chassim Drumond. E-mail: reginadrumond@uol.com.br. Telefone:(31 ) 3226.6625
Psicóloga pela PUC/ MG com especialização em Psicologia Industrial e Social. Mestre em Criatividade Aplicada Total na Espanha, Universidade de Santiago de Compostela. Faz parte do Conselho de Ex- Presidentes da UBQ - MG - União Brasileira para a Consultoria e Treinamento em Recursos Humanos, Qualidade Organizacional e Criatividad
e Aplicada Total.

ESSE JABOUR É DEMAIS!


SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
Arnaldo Jabor

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DDA


Hiperatividade - Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA)

O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos sintomas, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.

O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos pois, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT (tomografia computadorizada por emissão de fóton único) na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.

Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal.


Quanto mais você tenta, pior fica

A pesquisa mostrou que quanto mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, pior para elas. A atividade no córtex pré-frontal, na verdade, desliga, ao invés de ligar. Quando um pai, professor, supervisor ou gerente põe mais pressão na pessoa que tem DDA, para que ela melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente. Muitas vezes, quando isso acontece, o pai, o professor ou chefe interpretam o ocorrido como um decréscimo de performance, ou má conduta proposital, e daí surgem problemas sérios. Um homem com DDA de quem eu tratei disse-me que sempre que seu chefe o pressionava para que fizesse um trabalho melhor, seu desempenho piorava muito, ainda que estivesse tentando melhorar. A verdade é que quase todos nós nos saímos melhor com elogios. Eu descobri que isso é essencial para pessoas com DDA. Quando o chefe as estimula a fazer melhor de modo positivo, elas se tornam mais produtivas. Quando se é pai, professor ou supervisor de alguém com DDA, funciona muito mais usar elogio e estímulo do que pressão. Pessoas com DDA saem-se melhor em ambientes que sejam altamente interessantes ou estimulantes e relativamente tranqüilos.

Pequeno âmbito de atenção

Um âmbito de atenção pequeno é a identificação desse distúrbio. Pessoas que sofrem de DDA têm dificuldade de manter a atenção e o esforço durante períodos de tempo prolongados. Sua atenção tende a vagar e freqüentemente se desligam da tarefa, pensando ou fazendo coisas diferentes da tarefa a ser realizada. Ainda assim, uma das coisas que muitas vezes enganam clínicos inexperientes ao tratar desse distúrbio é que as pessoas com DDA não têm um âmbito pequeno de atenção para tudo. Freqüentemente, pessoas que sofrem de DDA conseguem prestar muita atenção em coisas que são bonitas, novas, novidades, coisas altamente estimulantes, interessantes ou assustadoras. Essas coisas oferecem uma estimulação intrínseca suficiente a ponto de ativarem o córtex pré-frontal, de modo que a pessoa consiga focalizar e se concentrar. Uma criança com DDA pode se sair muito bem em uma situação interpessoal e desmoronar completamente em uma sala de aula com 30 crianças. Meu filho que tem DDA, por exemplo, costumava levar quatro horas para fazer um dever de casa que levaria meia hora, muitas vezes se desligando da tarefa. Mas se você lhe der uma revista sobre estéreo de carros, ele a lê rapidamente de cabo a rabo e se lembra de cada detalhe. Pessoas com DDA têm dificuldade em prestar atenção por muito tempo em assuntos longos, comuns, rotineiros e cotidianos, como lição de casa, trabalho de casa, tarefas simples ou papelada. O terreno é terrível e uma opção nada desejável para elas. Elas precisam de excitação e interesse para acionar suas funções do córtex pré-frontal.

Muitos casais adultos me dizem que, no começo de seu relacionamento, o parceiro com DDA adulto conseguia prestar atenção à outra pessoa durante horas. O estímulo de um novo amor ajudava-o a se concentrar. Mas quando a "novidade" e a excitação do relacionamento começavam a diminuir (como acontece com quase todos os relacionamentos), a pessoa com DDA tinha muito mais dificuldade em prestar atenção e sua capacidade de escutar falhava.

Distração e hiperatividade


Como já mencionei acima, o córtex pré-frontal manda sinais inibitórios para outras áreas do cérebro, sossegando os dados advindos do meio, de modo que você possa se concentrar.

Quando o córtex pré-frontal está com hiperatividade, ele não desencoraja adequadamente as partes sensoriais do cérebro e, como resultado, estímulos em demasia bombardeiam o cérebro. A distração fica evidente em muitos locais diferentes para uma pessoa com DDA. Na classe, durante reuniões, ou enquanto ouve um parceiro, a pessoa com DDA tende a perceber outras coisas que estão acontecendo e tem dificuldade em se concentrar na questão que está sendo tratada.

As pessoas que têm DDA tendem a olhar pelo quarto, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se de para onde vai a conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto. A distração e o pequeno âmbito de atenção podem também fazer com que elas levem muito mais tempo para completar seu trabalho.

Impulsividade

A falta de controle do impulso faz com que muitas pessoas que têm DDA se metam em enrascadas. Elas podem dizer coisas inadequadas para os pais, amigos, professores, outros empregados, ou clientes. Uma vez eu tive um paciente que foi despedido de 13 empregos, porque tinha dificuldade em controlar o que dizia. Ainda que realmente quisesse manter vários dos empregos, de repente punha para fora o que estava pensando, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Decisões mal pensadas são ligados à impulsividade. Em vez de pensar bem no problema, muitas pessoas que sofrem de DDA querem uma solução imediata e acabam agindo sem pensar. De modo similar, a impulsividade faz com que essas pessoas tenham dificuldade de passar pelos canais estabelecidos do trabalho. Elas freqüentemente vão direto ao topo para resolver os problemas, em vez de seguir o sistema. Isso pode causar ressentimento dos colegas e supervisores imediatos. A impulsividade pode também levar a condutas problemáticas como mentir (diz a primeira coisa que vem a cabeça), roubar, Ter casos e gastar em excesso. Eu tratei de muitas pessoas com DDA que sofriam da vergonha e da culpa oriundas desses comportamentos.

Nas minhas palestras costumo freqüentemente perguntar ao público: "Quantas pessoas aqui são casadas?". Uma grande porcentagem da platéia levanta as mãos. Depois eu pergunto: "É útil dizer tudo o que pensa em seu casamento?". O público ri, porque todos sabem a resposta. "Claro que não", eu continuo. "Os relacionamentos requerem tato”. Mesmo assim, devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, muitas pessoas que têm DDA dizem a primeira coisa que vem à mente. E, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento inteiro “.

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